Projeção para a economia brasileira em 2023 indica desaceleração, aumento do déficit e da dívida formal.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, declarou nesta terça-feira, 30, que a desaceleração da economia brasileira no segundo semestre contribuiu para o fechamento do ano de 2023 com um saldo líquido de 1.483.598 postos de trabalho formais, um número positivo, porém abaixo do que tinha sido projetado pela pasta em novembro. Segundo Marinho, ‘houve uma desaceleração no segundo semestre, resultado da situação econômica do país’.
O Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, é um instrumento utilizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego para acompanhar mensalmente a situação do mercado de trabalho formal, a partir das informações fornecidas pelas empresas que contratam e demitem trabalhadores. Luiz Marinho ressaltou a importância do Caged como uma ferramenta fundamental para o acompanhamento do mercado de trabalho e afirmou que o governo está comprometido com a geração de empregos e a melhoria da economia do país.
Caged: projeção de desaceleração na economia brasileira
O ministro afirmou que se a economia tivesse acelerado, ia ser maior a contratação.
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‘Temos um problema de déficit muito grande, que vem, em grande parte, herdado do último ano do governo Bolsonaro.’
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Em relação ao resultado negativo do mês de dezembro, Marinho pontuou que, costumeiramente, o período não costuma ser o melhor do ano, de acordo com a série histórica do Cadastro geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Segundo ele, dezembro costuma ser um período de término de contratos, sobretudo nos campos da Educação e da Saúde.
‘Dezembro é o mês em que as empresas fazem a rescisão e tem também os Estados, principalmente educação e saúde, que acabam rescindindo o contrato, o que é uma aberração ao meu ver’, disse Marinho salientou que a pasta se surpreendeu negativamente com os resultados de setembro, outubro e novembro.
Ele citou como desafios para o mercado de trabalho o alto patamar de juros, o alto endividamento, que influencia na renda, e um possível aumento da informalidade no setor da agricultura. ‘Quanto mais o mercado for formal, dará mais segurança para os trabalhadores’, disse o ministro. ‘Há uma rotatividade extravagante no mercado de trabalho.
Está muito flexível para uma economia como a do Brasil’, acrescentou. No final de novembro, o ministro havia mantido a projeção de terminar o ano com saldo positivo entre 1,9 milhão e 2 milhões de vagas. Na ocasião, ele havia dito que estava ‘difícil calibrar’ o resultado de dezembro.
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Fonte: © Jornal De Brasília
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