O Brasil terá 11 representantes no Circuito Mundial de Surf, que começa na próxima segunda-feira. Eles são favoritos na temporada.
O surfe brasileiro inicia mais uma jornada no Circuito Mundial da WSL em busca da oitava conquista. Nesta segunda-feira, nossos 11 representantes entram na briga pelo caneco, com destaque para Filipe Toledo, bicampeão mundial, e Gabriel Medina, tricampeão. A expectativa é grande para mais uma temporada repleta de emoções e desafios nas ondas ao redor do mundo.
A busca pela oitava conquista no Circuito Mundial da WSL começa com muita expectativa para os surfistas brasileiros. Com 11 representantes em busca do caneco, a torcida se mantém fiel a Filipe Toledo e Gabriel Medina, grandes favoritos ao título. A conquista deste campeonato seria um marco histórico para o surfe brasileiro, consolidando o país como potência no esporte.
Conquista do título masculino
Soma-se à dupla de favoritos o já classificado para às Olimpíadas de Paris, João Chianca (que estará fora das duas primeira etapas, em recuperação de acidente, em dezembro, em Pipeline); além de Italo Ferreira, campeão mundial em 2019 e dono da primeira medalha de ouro olímpica do surfe, conquistada em Tóquio 2020.
Ainda no Circuito Mundial masculino, o país também será representado por Yago Dora, Miguel Pupo, Caio Ibelli, Samuel Pupo e Deivid Silva. No feminino, Tatiana Weston-Webb seria a única representante na etapa inaugural em Pipeline, no Havaí.
Contudo, ganhou a companhia de Luana Silva, que entrou no lugar da australiana Stephanie Gilmore, octacampeã mundial.
Confira os perfis dos 11 brazucas
Filipe Toledo
Natural de Ubatuba-SP, Filipe Toledo vive em San Clemente, na Califórnia, para onde se mudou com a família em 2014.
Campeão mundial em 2022 e 2023, o paulista vive o melhor momento da carreira e é apontado como um dos favoritos ao título deste ano. Nascido em 1995, Filipinho está classificado para as Olimpíadas de Paris, em julho. Em Tóquio 2020, ele não conseguiu a vaga. João Chianca
Quarto colocado no Circuito Mundial 2023, João Chianca, o Chumbinho, vem de uma família de surfistas.
Natural de Saquarema-RJ é outro que tem vaga garantida nos Jogos Olímpicos de Paris. Chumbinho, no entanto, recupera-se de uma lesão sofrida no fim do ano passado em Pipeline. Por conta disso, ele está fora das duas primeiras etapas deste ano. Gabriel Medina
Nascido em São Sebastião-SP, Gabriel foi criado na Praia de Maresias e estreou na elite da WSL aos 17 anos.
Primeiro brasileiro a ser campeão mundial (2014), Medina também é o brasuca com mais títulos (três). Sua última conquista foi em 2021, no primeiro ano do formato Finals. Em 2022 e 2023, teve questões pessoais e lesões, o que afetou o seu desempenho no surfe.
Yago Dora
Dono de um surfe arrojado e com muitos aéreos, Yago Dora nasceu em Curitiba, mas foi criado em Florianópolis. Vencedor da etapa brasileira do Circuito Mundial 2023, Yago é treinado pelo próprio pai, Leandro Dora, o Grilo.
Nascido em 1996, o paranaense radicado em Floripa estreou na elite em 2017, em Saquarema, quando desbancou diversos favoritos, terminando a etapa em 3º. Miguel Pupo
Um dos brasileiros mais experientes da atual geração, Miguel Pupo tem 32 anos e está na elite desde 2011. Sua primeira e única vitória no Circuito Mundial foi em 2022 em Teahupoo, no Taiti.
Em 2023, sofreu grave lesão no tornozelo, o que o fez perder boa parte da temporada. Por conta disso, a WSL deu a ele um dos convites (injury wildcard) para o Circuito Mundial deste ano.
Italo Ferreira busca nova vitória olímpica
Italo Ferreira
Natural de Baía Formosa-RN, Italo está no Circuito Mundial desde 2015.
Em 2019, o potiguar venceu Gabriel Medina na grande final de Pipeline, no Havaí, tornando-se campeão mundial pela primeira vez. Não bastasse isso, nas Olimpíadas de Tóquio, disputada dois anos depois, Italo conquistou a medalha de ouro, tornando-se o primeiro campeão olímpico do surfe, que fazia sua estreia nos Jogos.
Caio Ibelli
Campeão do WQS (então divisão de acesso) em 2015, Caio está na elite desde 2016, apesar de ter disputado duas etapas do Circuito Mundial do ano anterior. Paulista do Guarujá, ele tem 30 anos e tem como melhor resultado um segundo lugar em Bells Beach 2017, quando perdeu a final da etapa para Jordy Smith. Em 2023, Caio foi até a semifinal de Pipeline.
O algoz da vez foi Leonardo Fioravanti.
Samuel Pupo espera superar a melhor colocação do irmão
Samuel Pupo
Irmão mais novo de Miguel Pupo, Samuel Pupo, o Samuca, tem 23 anos e está na elite desde 2022. Em 2023, o paulista de Maresias ficou fora da linha de corte da temporada, mas recuperou a vaga pelo Circuito Challenger, com direito a vitória em Saquarema em outubro.
Samuca tem como principais resultados na WSL quatro 5º lugares, o último deles em Saquarema no ano passado. Deivid Silva
Depois de disputar as temporadas de 2019, 2021 e 2022, Deivid recuperou a vaga na elite pelo Challenger. Natural do Guarujá, o paulista de 28 anos tem como melhor resultado um segundo lugar no México em 2021.
No ano seguinte, Deivid viveu um drama familiar. Por conta de um grave problema de saúde da filha mais nova, Júlia, ele teve de se afastar das competições por boa parte da temporada. Tatiana Weston-Webb
Filha de brasileira, mas criada no Havaí, Tatiana passou a defender as cores do Brasil em 2018, três anos após sua primeira temporada no Circuito Mundial.
Classificada para as Olimpíadas de Paris, a surfista de 27 anos também disputou as Olimpíadas de Tóquio. Com quatro vitórias na elite, Tatiana terminou o CT do ano passado em oitavo, ficando fora do Finals. Luana Silva
Assim como Tatiana Weston-Webb, Luana Silva também trocou a bandeira do Havaí pela do Brasil. Com apenas 19 anos, entrou para o CT em 2022.
Sua melhor colocação até aqui foi um 5º lugar em Sunset Beach no ano de estreia. Em 2023, Luana precisou disputar o Challenger para tentar recuperar a vaga na elite.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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