Mercado prevê mais cortes dos juros nas sessões da manhã e tarde. Casa aposta em redução mais agressiva. Componentes sensíveis à política monetária.
O Copom do Banco Central deu início à reunião que irá definir a nova taxa da Selic, que atualmente está em 11,75% ao ano. A expectativa é de mais um corte na taxa de juros, seguindo o ritmo de redução de 0,5 p.p.
O Comitê de Política Monetária, responsável por essa decisão, é quem está conduzindo as discussões para definir o futuro da Selic. O Banco Central está atento às projeções econômicas e à inflação para tomar a decisão mais adequada para a atual conjuntura.
Copom mantém taxa de juros em 11,25% ao ano
As sessões da manhã e tarde desta terça-feira (30) tratam da análise de conjuntura, primeira parte da reunião em que o Comitê de Política Monetária revisita temas importantes para a tomada de decisão da taxa Selic. A discussão sobre a conjuntura continua na manhã seguinte.
Amanhã à tarde, ocorre a segunda parte do encontro, quando o colegiado define o nível da Selic, que é anunciado a partir de 18h30.
Conforme pesquisa do Projeções Broadcast, 63 de 64 instituições financeiras consultadas acreditam que o Copom manterá o plano de voo e fará mais um corte de 0,5, para 11,25%, enquanto uma casa aposta em um corte mais agressivo, para 11% ao ano. Para 56 entre 60 (93%), o colegiado seguirá nesse ritmo também nas reuniões de março e maio. No encontro de dezembro, o Copom repetiu que antevê redução de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic nas próximas reuniões e que seria o ritmo apropriado para ‘manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário’. Na ocasião, o Copom repetiu que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular daquelas de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos. Desde a última reunião, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e outros diretores reforçaram que a sinalização continua sendo de novos cortes de 0,5 p.p.. Na coletiva do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), ele enfatizou que essa mensagem valia para dois encontros: de janeiro e março de 2024. No Boletim Focus, a mediana para a inflação de 2024 passou de 3,93% no último Copom, em dezembro, para 3,81% na última divulgação, de hoje.
Expectativa Unânime para Anúncio de Redução na Taxa de Juros
Já para 2025 e 2026, as estimativas continuaram estacionadas em 3,50%, ainda desancoradas em relação à meta contínua de 3%. Em dezembro, as projeções do próprio Copom eram de 3,5% em 2024 e 3,2% para 2025.
Após analisar todos os detalhes, a expectativa para o anúncio de mais uma redução na taxa de juros pelo Copom é praticamente unânime, com 63 de 64 instituições financeiras consultadas apostando nesse cenário. Além disso, uma casa aposta em um corte mais agressivo, para 11% ao ano, mostrando que há otimismo em relação à política monetária adotada pelo Banco Central. A projeção de redução de 0,5 ponto porcentual na taxa Selic foi reforçada durante a coletiva do último Relatório Trimestral de Inflação (RTI), ressaltando a continuidade do ciclo de flexibilização
Copom: Ciclo de Flexibilização e Projeções de Inflação
No encontro de dezembro, o Copom reforçou a antecipação de redução de 0,5 ponto porcentual da taxa Selic nas próximas reuniões, o que demonstra o compromisso do Comitê de Política Monetária em manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. As projeções de inflação divulgadas no Boletim Focus também mostram a preocupação em relação à evolução da dinâmica inflacionária, com a redução da mediana para a inflação de 2024 de 3,93% para 3,81%. Esses dados reforçam a importância do ciclo de flexibilização da taxa de juros para controlar a inflação no país.
Fonte: © CNN Brasil
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