CEO Tony Romeo da DSV, companhia privada, localizou destroços da aeronave Amelia Earhart com tecnologia de sonar e imagem de drone submarino.
Uma equipe de pesquisadores anunciou a descoberta do avião de Amelia Earhart, desaparecido há 90 anos após um acidente. A notícia pode finalmente resolver um dos maiores mistérios da aviação. A liderança da equipe, composta por especialistas em arqueologia submarina, divulgou os detalhes da emocionante busca pela aeronave desaparecida.
Após longos anos de investigação, a equipe finalmente localizou o avião de Amelia Earhart no fundo do oceano. O achado representa um marco na história da aviação e revela informações valiosas sobre a lendária exploradora. A descoberta reacende o interesse mundial pela vida e pelo legado de Earhart, além de alimentar a esperança de que outros mistérios históricos possam ser solucionados no futuro.
Descoberta do avião de Amelia Earhart
Segundo Tony, as buscas contaram com a utilização da tecnologia de sonar num drone no fundo do mar, gravações de rádio feitas por Amelia durante a viagem e cálculos para determinar a localização do avião e as condições em que se encontraria. ‘Começamos examinando o último voo dela. Analisamos a trajetória do voo, os ventos, a altitude, e todas as outras informações que tínhamos, e chegamos a uma área que consideramos razoável e com a probabilidade mais alta de onde ela poderia ter caído’, disse. O avião de Amelia desapareceu no Oceano Pacífico quando a norte-americana, pioneira na aviação do país, estava na última etapa de sua volta ao mundo.
Novas pistas levaram perto da descoberta
Tony afirmou que a empresa utilizou seis chamadas de rádio feitas por Amelia durante o trajeto, o que ajudou a delimitar melhor as áreas de busca. ‘Cada uma dessas chamadas de rádio forneceu pistas muito importantes sobre o que ela estava fazendo, o que estava pensando e sobre suas intenções. Ao analisar tudo isso, que é como um enigma perfeito, e utilizar essas informações, chegamos a uma área e a dividimos em setores. Adotamos uma abordagem matemática e atribuímos uma probabilidade a cada setor, levando em consideração também a dificuldade de busca. Por exemplo, se fosse uma região com terreno acidentado, mais difícil de ser pesquisada, em comparação a uma área plana com fundo arenoso’, explicou Tony.
Delimitando a área de buscas
A empresa delimitou uma área do Oceano Pacífico, entre a Austrália e o Havaí, a cerca de 160 quilômetros da Ilha de Howland. A localização exata não foi divulgada pela Deep Sea Vision. Com a utilização de um drone submarino com tecnologia de sonar, as buscas da empresa produziram uma imagem desfocada com uma silhueta similar à do avião de Amelia, que era do modelo Lockheed Model 10-E Electra. Segundo Tony, sua equipe trabalhou com três características-chave para comparar o modelo do avião de Amelia e as imagens de sonar: 1. É possível ver na imagem os dois estabilizadores verticais na parte de trás; 2. A área onde a aeronave foi encontrada era plana e arenosa, portanto, ver algo sobressaindo acima da superfície seria altamente incomum; 3. O tamanho da aeronave e as dimensões são muito próximos do que esperaríamos para a aeronave de Amelia. Mas como os destroços da aeronave de Amelia, após o acidente e quase 90 anos no fundo do mar, estariam tão preservados para gerar essa silhueta na imagem de sonar? Segundo o CEO da Deep Sea Vision, aí entra a genialidade de Amelia, que até o último momento tentou se salvar.
Análise das condições locais e próximos passos
‘Quando ela aterrissou, é muito provável que tenha ficado sem combustível. Então, ela provavelmente tentou pousar a aeronave na água de forma mais suave possível. Esse pouso suave provavelmente teria mantido a estrutura da aeronave intacta. E, à medida que ela se enchia de água, teria afundado lentamente e depois girado até o fundo do mar. Ao chegar lá, a aeronave teria repousado suavemente, sem muitos movimentos. Há poucas e suaves correntes no fundo do mar. E, a essa profundidade, a 6000 metros, ou mais perto de 5000 metros, o pH e a temperatura da água preservam muito bem as coisas’, explicou Tony. Agora, Tony quer confirmar se a silhueta é mesmo do avião de Amelia e verificar as condições do local, para então determinar se seria possível trazer à superfície. No entanto, ele afirma que esse processo pode levar anos. A equipe da Deep Sea Vision pretende voltar ao local ainda neste ano com uma câmera submarina.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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