Powell reforça: Inflação alta, cenário incerto, decisão de manter juros e dependência de dados. Monitor de Juros do Fed destaca desinflação e mercado de trabalho resiliente.
A inflação é um fenômeno econômico que representa o aumento contínuo e generalizado dos preços dos bens e serviços em uma economia ao longo do tempo. Este aumento de preços reduz o poder de compra da moeda, o que pode impactar negativamente a economia de um país.
O indicador de preços é uma ferramenta utilizada para medir a variação dos preços de um conjunto de produtos e serviços ao longo do tempo, sendo fundamental para compreender e acompanhar a evolução da inflação. Através da análise do indicador de preços, é possível tomar medidas para controlar a inflação e evitar os impactos negativos que ela pode causar na economia, como a perda do poder de compra da moeda e a diminuição do consumo das famílias.
Declaração de Jerome Powell sobre a inflação
Investing.com – O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, destacou a necessidade de mais dados para trazer confiança de que a inflação está em direção à meta, durante coletiva de imprensa realizada após a decisão de manter os juros nos Estados Unidos. Powell salientou que o comitê não considera apropriado decidir pela redução nas taxas de juros até que haja confiança de que a inflação está em direção à meta de forma sustentável, pois os juros em território contracionista visam frear a inflação para que o indicador de preços volte à meta de 2%.
Os juros seguirão altos até que o processo de desinflação tenha êxito, conforme reforçou o presidente do Federal Reserve. Ele ressaltou que a oferta e demanda estão apresentando melhor equilíbrio, apesar do mercado de trabalho resiliente, já que a demanda forte tem sido acompanhada pela alta na oferta de colaboradores.
Ênfase na dependência de dados
Comunicado e coletiva reforçam que as decisões do Fed dependem de dados. As perspectivas econômicas ainda são incertas e o Fed segue muito atento aos riscos de inflação, trazendo incerteza sobre o início dos cortes de juros. Além disso, em tom mais hawkish, afirmou que não espera reduzir os juros até que tenha maior confiança que a inflação está se movendo de forma sustentável para a meta.
O FOMC ponderou que os riscos para atingir as metas de inflação e de emprego seguiriam para um melhor equilíbrio, de acordo com a Suno Research.
Após a decisão do Fed, o mercado segue dividido em relação ao início do ciclo de cortes nas fed funds americanas. Em março, 55% dos analistas esperam manutenção dos juros entre 5,25% e 5,5%, enquanto 45% projetam redução de 0,25 ponto percentual, segundo o Monitor de Juros do Fed do Investing.com. Para maio, 53% apostam em juros na faixa entre 5% e 5,25%, enquanto 36% esperam juros entre 4,75% e 5%.
A Órama Investimentos espera início dos cortes em maio, mas a decisão depende da escalada dos conflitos geopolíticos e do cenário das contas públicas dos Estados Unidos. Já a Suno Research está mais cautelosa e estima que a redução nas fed funds inicie entre maio e junho. Isso tudo reflete a incerteza quanto ao ciclo de cortes nas taxas de juros e a influência da inflação no cenário econômico global.
Fonte: © BR Investing
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