O que esperar dos frigoríficos no 4T23: margens em recuperação, faturamento e produção de carnes em destaque, desaceleração do ciclo pecuário.
Os frigoríficos estão otimistas com o panorama econômico do Brasil, prevendo uma temporada de balanços positiva para as empresas frigoríficas listadas na B3. Com a recuperação das margens no último trimestre de 2020, a expectativa é de um desempenho favorável para o setor.
As produtoras de carnes e empresas do setor de carnes estão confiantes com a perspectiva de recuperação das margens, resultado de um ciclo mais favorável no Brasil. A expectativa é de uma temporada de balanços saudável para as empresas frigoríficas, que devem apresentar resultados positivos nos próximos meses.
Frigoríficos: Temporada de Balanços e Perspectivas
Na opinião do banco BTG (BVMF:BPAC11), a diversificação da JBS está dando resultado, enquanto ventos favoráveis cíclicos favorecem Minerva e BRF.
Custos mais baixos e sazonalidade favorável estão entre os destaques, mas o lucro líquido deve ser menor, pondera o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA). ‘Observamos que o faturamento pode ser um tanto decepcionante, dados os preços mais baixos de algumas categorias e um real mais forte’, reforça.
JBS SA (BVMF:JBSS3)
A companhia segue em processo de recuperação. O BofA avalia que o Brasil tende a ser destaque do trimestre, com margens muito melhores para a carne bovina e uma recuperação gradual na Seara.
Os resultados da JBS tendem a seguir na direção certa, segundo o BTG, mas não ‘particularmente fortes’. As receitas devem totalizar R$93,8 bilhões, de acordo com o BTG, com margens pressionadas pela sazonalidade nos Estados Unidos.
‘Acreditamos que a JBS esteja passando por um ponto de inflexão, onde, apesar da nossa visão cautelosa em relação à carne bovina dos EUA, há melhorias em todas as outras unidades apoiando os resultados futuros’, destaca o banco. A plataforma InvestingPRO estima um lucro por ação (LPA) de R$0,40 para as ações da JBS, com uma receita de R$92,386 bilhões.
BRF SA (BVMF:BRFS3)
O faturamento da BRF deve demonstrar estabilidade na comparação anual, com forte EBITDA e recuperação das exportações, segundo o BofA.
‘As vendas internacionais deverão recuperar em termos trimestrais face aos preços mais elevados no Médio Oriente’, afirma o banco. Os analistas do BTG esperam um trimestre forte, com continuidade da queda dos custos relacionados à alimentação, diante de uma safra de grãos abundante.
O banco espera uma elevação da margem EBITDA para níveis mais normalizados e receitas consolidadas de R$14,4 bilhões. Com custos de ração favoráveis e maior equilíbrio do mercado, a expectativa é de continuidade na solidez das margens. O InvestingPRO estima um LPA de R$0,21 para a BRF, com uma receita de R$14,585 bilhões.
Marfrig Global Foods SA (BVMF:MRFG3)
A desaceleração do ciclo pecuário americano deve continuar a cobrar seu preço, na visão do BTG, e as operações no Brasil tendem a uma performance melhor do que a internacional.
As prioridades de alocação de capital com recursos provenientes do desinvestimento de parte de seus ativos na América Latina devem ser pontos a serem observados de perto no futuro. O BofA concorda com a pressão da carne bovina nos Estados Unidos diante da sazonalidade desfavorável.
‘Na América do Sul, esperamos que a margem melhore 200 pontos base em termos anuais, para 10,2%, devido aos custos mais baixos do gado, mas deverá cair 140 pontos base no trimestre , dada alguma normalização das margens de carne processada’, completa o BofA. A média das projeções de LPA da plataforma InvestingPRO é de R$0,16, enquanto a receita é estimada em R$31,153 bilhões.
Minerva SA (BVMF:BEEF3)
O faturamento da Minerva deve ter começado a se recuperar, com margens mais sólidas, na opinião do BTG e do BofA.
No entanto, os analistas ponderam que os preços da carne bovina devem continuar a afetar o dinamismo das receitas, mas haveria uma estabilização nos últimos meses.
‘Além disso, esperamos um forte crescimento de volume impulsionado pelo impacto positivo do ciclo no Brasil e a aquisição da BPU no Uruguai’, espera o BTG, que estima receita de R$7,4 bilhões, o que seria a primeira expansão nos últimos cinco trimestres. A projeção é de um EBITDA de R$783 milhões e altas nas margens.
O InvestingPRO projeta um LPA de R$0,97 para Minerva, que deve apresentar uma receita em torno de R$7,428 bilhões, segundo a plataforma. Fonte: InvestingPRO Para acessar métricas completas do InvestingPRO, clique aqui.
Fonte: © BR Investing
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