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Clima criando prejuízos vitais a infraestrutura comercial, apesar de quatro meses de vendas altas. Enchentes climáticos acumulativos causam reconstrução diária e dias de perda.
Apesar dos avanços econômicos registrados nos primeiros quatro meses de 2023, as enchentes no Rio Grande do Sul estão causando impactos significativos em diversas áreas, incluindo o comércio nacional.
As enchentes repentinas estão resultando em chuvas intensas e inundações que ameaçam não apenas a economia local, mas também a segurança e o bem-estar da população. É crucial que medidas de prevenção sejam implementadas para minimizar os danos causados por esses enchederes e garantir a recuperação das áreas afetadas.
Impacto das Enchentes e Inundações no Comércio Gaúcho
A situação das enchentes e inundações no Rio Grande do Sul tem gerado grandes prejuízos, com estimativas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apontando uma perda diária de receitas na ordem de R$ 123 milhões. Esses eventos climáticos acumulativos resultaram em um prejuízo total de R$ 3,32 bilhões somente no mês de maio, o que equivale a 18,3% do valor previsto para o período.
Além dos impactos financeiros, as enchentes afetaram a infraestrutura vital para o funcionamento do comércio, causando uma queda significativa no fluxo de veículos de carga nas estradas do Estado, conforme dados preliminares da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). O presidente da CNC, José Roberto Tadros, destaca a gravidade da situação, ressaltando a importância da reconstrução não apenas das estruturas comerciais, mas também das vidas afetadas.
A CNC, por meio das estruturas do Sesc e do Senac, juntamente com as Federações do Comércio em todo o país, está empenhada em auxiliar a população gaúcha nesse processo de reconstrução. O compromisso vai além das cifras, buscando também restabelecer a infraestrutura e o abastecimento dos estabelecimentos comerciais, fundamentais para a economia local.
Em 2023, o comércio gaúcho movimentou expressivos R$ 203,3 bilhões, representando uma parcela significativa do volume de vendas no varejo brasileiro. No entanto, as projeções indicam que as perdas causadas pelas enchentes poderão retroceder o volume de vendas ao patamar observado no primeiro semestre de 2021, prejudicando ainda mais a recuperação econômica da região.
Enquanto o Rio Grande do Sul enfrenta os desafios da reconstrução pós-enchentes, o restante do Brasil vinha apresentando sinais de crescimento no comércio varejista nos últimos meses. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE, o volume de vendas no varejo brasileiro registrou um aumento de 0,9% em abril, marcando o quarto mês consecutivo de crescimento.
A redução das taxas de juros e a melhora no cenário de empregabilidade têm contribuído para esse cenário positivo, impulsionando setores como hipermercados, supermercados, combustíveis, móveis, eletrodomésticos, veículos, autopeças e materiais de construção. Apesar dos desafios enfrentados pelas enchentes, a expectativa da CNC é de um crescimento de 2,1% no volume de vendas para o ano, sinalizando uma perspectiva otimista para a economia brasileira.
Fonte: @ Mercado e Consumo