Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de 2023 revela alta na taxa de endividamento das famílias, com crescimento da parcela de financiamentos e crédito pessoal.
A inadimplência entre as famílias brasileiras atingiu um percentual preocupante de 78,1% em janeiro, superando os números de dezembro e janeiro de 2023. Os dados foram revelados pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada recentemente. O aumento da inadimplência reflete a situação econômica delicada vivenciada por muitas famílias no país.
Além disso, a situação do endividamento nas famílias brasileiras também apresenta sinais preocupantes, com um alto índice de dificuldade de pagamento e atraso nas contas. A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor revelou que as famílias enfrentam um cenário desafiador quando se trata de manter as contas em dia, com um número expressivo de pessoas em situação de endividamento.
Famílias enfrentam dificuldade de pagamento e conseguem reduzir inadimplência em janeiro
A parcela de famílias inadimplentes, isto é, aquelas endividadas que têm contas e dívidas em atraso, recuou em janeiro, mostrando uma melhora significativa na situação de endividamento. Os 28,3% registrados no mês são o menor percentual desde março de 2022, representando uma diminuição na taxa de inadimplência que reflete a capacidade de pagamento das famílias.
Em janeiro de 2023, a Taxa havia sido 29,9%, sinalizando uma tendência de queda, enquanto em dezembro, ficou em 28,8%. Esses números demonstram um esforço por parte das famílias em reduzir a inadimplência e equilibrar suas finanças, mesmo diante das dificuldades enfrentadas.
Atraso nas contas: Porcentagem de famílias em situação de inadimplência apresenta queda
O total de famílias que não terão condição de pagar suas contas ficou em 12% em janeiro deste ano, abaixo dos 12,2% de dezembro, mas acima dos 11,6% de janeiro de 2023. Esses números representam um esforço das famílias em manter suas contas em dia, mesmo diante das adversidades econômicas.
As famílias com renda de cinco a dez salários mínimos foram as únicas com redução no endividamento, mostrando uma tendência positiva nesse grupo. No entanto, também foi a única faixa de renda com aumento da inadimplência, indicando que mesmo as famílias com maior poder aquisitivo estão enfrentando desafios em relação ao pagamento de dívidas.
Famílias buscam alternativas para lidar com endividamento e inadimplência
Por meio de nota divulgada à imprensa, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, afirmou que, de uma forma geral, a pesquisa de janeiro mostra um cenário positivo para este ano. Segundo Tadros, as pessoas estão conseguindo, aos poucos, quitar suas dívidas para contrair outras e adquirir novos produtos, planejar viagens, enfim, voltar a consumir com mais fôlego, evidenciando a busca por alternativas para lidar com o endividamento e a inadimplência.
Entre os principais responsáveis pelo endividamento do consumidor estão o cartão de crédito (86,8%), os carnês (16,2%), o crédito pessoal (9,7%) e os financiamentos de casa e de carro (8,4%), revelando as fontes de dívidas mais frequentes entre as famílias brasileiras.
Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) destaca esforço das famílias em reduzir inadimplência
Os dados da pesquisa Peic mostram uma postura proativa por parte das famílias em lidar com o endividamento e a inadimplência, demonstrando uma busca por equilíbrio financeiro e redução das dívidas em atraso. Esses esforços são essenciais para a retomada do consumo e o fortalecimento da economia, mesmo diante das adversidades enfrentadas pelas famílias.
É importante ressaltar que, mesmo com a redução da inadimplência, muitas famílias ainda enfrentam dificuldades para manter suas contas em dia, o que indica a necessidade de políticas públicas e alternativas de crédito que possam auxiliar essas famílias a saírem dessa situação de endividamento.
Fonte: © Jornal De Brasília
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