CEO de fundo famoso afirma que Haddad é consciente e tem boas ideias, apesar de discordar de algumas posições do ministro sobre a questão fiscal e distribuição de renda.
A inflação no Brasil continua sendo uma preocupação para os especialistas econômicos, mesmo com os números surpreendendo para baixo. Segundo Luis Stuhlberger, CEO da Verde Asset Management, a questão fiscal ainda é motivo de preocupação, pois o país encerra o ano com um déficit semelhante ao de 2019, mesmo com os desafios trazidos pela pandemia.
Apesar da aparente surpresa para baixo, a realidade é que a preocupação com o aumento de preços e a alta dos preços ainda é presente entre os economistas. O custo de vida da população continua sendo impactado por questões econômicas estruturais, de acordo com especialistas do mercado financeiro.
O impacto da inflação na economia mundial
A foto é razoável, mas o filme é ruim’, disse o gestor durante o Latin America Investment Conference, evento do Grupo UBS, nesta terça-feira (31). O executivo também elogiou o trabalho feito pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Para ele, o chefe da equipe econômica é uma pessoa ‘consciente’ e que tem ‘boas ideias’, mas destacou que discorda de alguns posicionamentos do ministro.’Enquanto o Lula for um chefe de Estado e o Haddad for chefe de governo, sem que isso esteja no seu job description, a gente está bem’, afirmou.O executivo também comentou sobre a perspectiva de meta fiscal para 2024.
Segundo ele, o mercado e a Verde esperam um déficit na casa de R$ 80 bilhões.’O gasto que vamos ter em 2024 está de R$ 300 bilhões a R$ 350 bilhões acima do extinto teto’, acrescentou.O CEO da Verde ainda comentou sobre o processo inflacionário global em linha aos impactos da Covid-19 nas cadeias de produção e logística.Ele ressaltou que a inflação está sendo impactada pela alta dos preços e pelo aumento de preços em diversos setores da economia. A questão fiscal também é um fator relevante, uma vez que o déficit tem influenciado diretamente os índices inflacionários.
Para, Stuhlberger, no entanto, autoridades monetárias ao redor do mundo praticaram ‘excessos’ após a crise de 2008, o que também impactou no atual cenário.’Quando você olha o que aconteceu com a Covid, você turbinou isso com a política monetária e fiscal e a distribuição de renda como nunca houve na história’, pontuou.Para Stuhlberguer, a única coisa que não voltou ao ‘normal’ após a pandemia foi o desemprego.’Esse mistério do aumento do emprego é o que gera a expectativa de que o novo normal seja uma taxa de juros mais alta do que era normal’.
Desafios e perspectivas diante da inflação crescente
Fonte: © CNN Brasil
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