Inicialmente 664 artigos, mais de 100 alterados ou retirados. Pelo menos 170 pontos seriam discutidos, por fim, menos da metade dos artigos originais se mantiveram no texto.
O economista Javier Milei está ganhando destaque como figura política na Argentina, liderando um movimento de oposição ao governo. Suas propostas econômicas estão sendo debatidas no Congresso, onde os deputados estão discutindo a possível aprovação de um projeto de lei ‘ómnibus’ que poderá impactar os gastos do governo.
Os debates no Legislativo envolvem a análise dos diferentes artigos do texto, o que tem gerado intensas negociações entre os representantes do governo e os parlamentares do partido de oposição. A votação do projeto está prevista para acontecer em breve, e o plenário do Senado aguarda ansiosamente para tomar uma decisão sobre as propostas de Javier Milei.
Javier Milei lidera projeto de lei ‘ómnibus’
O presidente Javier Milei lidera o projeto de lei ‘ómnibus’, um pacote que abarca temas múltiplos e muito diversos, desde privatização de empresas estatais a temas de política de segurança a uma centralização do poder nas mãos de Milei. Do lado de fora do Congresso, agentes da polícia cercaram manifestantes de esquerda que são contrários ao projeto da lei ‘ómnibus’.
Votação na Câmara dos Deputados
A votação na Câmara dos Deputados é o primeiro grande teste de Milei no Legislativo desde que ele assumiu o poder, em 10 de dezembro. Ele enfrenta dificuldade porque a bancada governista no Congresso é minoritária tanto na Câmara dos Deputados como no Senado. Para entrar em vigor, o texto deve ser aprovado tanto pelos deputados como pelos senadores.
Antes de ir a plenário, houve semanas de negociações entre deputados que não são governistas, mas que podem votar a favor do texto.
Negociações para aprovação
Para tentar conseguir fazer com que a lei seja aprovada, o governo retirou mais de cem artigos, inclusive uma seção sobre temas fiscais. A versão inicial tinha 664 artigos. Mais de 100 foram retirados ou alterados.
Previa-se que pelo menos 170 pontos seriam objeto de discussão. No fim, pouco mais da metade dos artigos originais se mantiveram no texto. O governo afirmou que os políticos ‘têm a chance de começar a reverter o dano que eles causaram ao povo argentino’. O principal partido de oposição, o União pela Pátria, de orientação peronista, vai votar contra o texto.
Os deputados do grupo afirmam que a ‘motoserra’ vai prejudicar o povo (durante as eleições, Milei fez campanha com uma motosserra para sinalizar que ele iria cortar gastos).
<![DOM]]
Fonte: © G1 – Globo Mundo
Comentários sobre este artigo