© 2023: Boletim Focus, expectativa de instituições financeiras, meta de inflação, taxa de juros, quedas sucessivas, momento dependerá, comportamento dos preços, projeção das instituições, PIB.
A inflação é um dos principais indicadores econômicos que afeta diretamente o poder de compra da população. Quando a inflação está alta, o custo de vida aumenta e o dinheiro rende menos, impactando o consumo e a economia como um todo. Por isso, o controle da inflação é uma das principais preocupações dos governos e órgãos reguladores.
O IPCA, ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, é o indicador utilizado para medir a inflação no Brasil. A previsão do mercado financeiro para o IPCA é divulgada frequentemente no Boletim Focus, auxiliando na tomada de decisões de investimento e no acompanhamento da meta de inflação estabelecida pelo governo. Manter a inflação sob controle é essencial para a estabilidade econômica do país e o bem-estar da população.
IPCA e Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo: contexto atual da inflação
SÃO PAULO, SP (AGÊNCIA BRASIL) A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, teve redução, passando de 3,86% para 3,81% este ano. A estimativa está no Boletim Focus desta terça-feira (30), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
A projeção da inflação para os próximos anos 2025, 2026 e 2027 permaneceu em 3,5%. Para 2024, a estimativa está dentro do intervalo da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta é de 3% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior 4,5%.
A meta de inflação também está fixada em 3% para 2025 e 2026, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Em dezembro de 2023, a inflação do país foi de 0,56%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), fechando o ano passado com alta acumulada de 4,62%.
Expectativa do mercado financeiro e a Meta de Inflação
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 11,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre de 2023, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.
O Comportamento dos preços fez o BC cortar os juros quatro vezes no semestre passado. Em ata divulgada, o colegiado informou que continuará a promover novos cortes de 0,5 ponto nas próximas reuniões, mas não detalhou quando vai parar de reduzir a taxa Selic. Segundo o BC, o momento dependerá do comportamento da inflação no primeiro semestre de 2024.
Meta de inflação em destaque e previsões do mercado financeiro
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. A primeira reunião do Copom neste ano ocorre hoje (30) e amanhã (31) e os analistas esperam que a Selic seja reduzida a 11,25%. Para o fim de 2025, 2026 e 2027, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano.
Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central derrubou a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, causando reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
Projeção do Produto Interno Bruto (PIB) e perspectivas para o câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano permaneceu em 1,6%. Para 2025, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) é de crescimento de 2%. Superando as projeções, no terceiro trimestre do ano passado a economia brasileira cresceu 0,1%, na comparação com o segundo trimestre de 2023, de acordo com o IBGE. Entre janeiro e setembro, a alta acumulada foi de 3,2%.
A previsão de cotação do dólar está em R$ 4,92 para o fim deste ano. No fim de 2025, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5.
Fonte: © Jornal De Brasília
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