Claro, Tim e Vivo sabiam de vulnerabilidades sendo exploradas e medidas de proteção em casos de acessos indevidos.
O uso de software espião tem sido cada vez mais comum nos dias atuais, seja para monitorar atividades no ambiente de trabalho, proteger crianças na internet ou até mesmo para fins de espionagem. Essas ferramentas permitem o monitoramento de conversas, acesso a senhas, rastreamento de localização e diversas outras atividades, o que levanta questões éticas e legais sobre a sua utilização.
Além disso, é importante ressaltar que o uso de programas espiões pode violar a privacidade e a segurança das pessoas, sendo necessário o consentimento prévio para a sua instalação. Por isso, é essencial avaliar as implicações legais e éticas ao utilizar essa ferramenta de espionagem. É fundamental garantir que a sua utilização esteja de acordo com as leis e os direitos individuais, evitando problemas futuros.
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Vivo, Tim e Claro sabiam de ataques de software espião
De acordo com a Folha, as operadoras de telefonia Claro, Tim e Vivo tinham conhecimento e não notificaram a Anatel sobre as tentativas de invasão pelo programa espião FirstMile, contratado pela Abin e por outros órgãos públicos. A comunicação em casos do tipo está regulamentada no setor de telecomunicações, mas não foi seguida pelas operadoras.
Falta de notificação e punição administrativa
Após serem procuradas pela imprensa, as operadoras não se manifestaram sobre as invasões e a falta de notificação à agência regulatória. Em resposta enviada à Folha, a Anatel confirmou que as empresas falharam em notificar sobre os ataques ou tentativas de invasão, o que pode acarretar punições administrativas para Claro, Tim e Vivo.
Claro, Tim e Vivo abrem processos de apuração
Após a divulgação do uso do software espião, a Anatel abriu processos para investigar cada uma das operadoras de telefonia. A agência identificou que medidas de proteção já haviam sido adotadas pelas operadoras, mesmo sem a devida notificação sobre as invasões operadas pelo FirstMile.
Abin Paralela monitorou adversários políticos
A Polícia Federal investiga o uso do FirstMile pela chamada ‘Abin Paralela’, que supostamente monitorou adversários políticos do governo Bolsonaro. Relatórios de inteligência sobre opositores do ex-presidente Jair Bolsonaro estão sob a mira da PF, que busca esclarecer a atuação da agência de inteligência e da polícia federal no monitoramento clandestino.
Polêmica e a falta de notificação sobre vulnerabilidades do FirstMile
Ao detectar falhas que permitiam o monitoramento de celulares, as operadoras não notificaram a Anatel, violando o Regulamento de Segurança Cibernética Aplicada ao Setor de Telecomunicações. Carlos Bolsonaro foi alvo de busca e apreensão no curso das investigações, que indicaram a ação clandestina de informações de georreferenciamento de aparelhos celulares.
Claro, Vivo e Tim atuaram sem conhecimento ou acordo prévio
A Anatel instaurou processos para apurar a atuação das operadoras no caso, tendo constatado que o software espião atuou sem o conhecimento ou acordo prévio das prestadoras Claro, Tim e Vivo. Outros órgãos públicos, como o Exército, possuem contrato para uso do FirstMile, apresentando uma questão de segurança de grande relevância para as telecomunicações nacionais.
Expansão internacional e alegações de manipulação de sinais
A empresa responsável pelo FirstMile informou no início a capacidade da ferramenta de obter informações de georreferenciamento de celulares. A PF afirma que a Abin sabia do caráter invasivo do software, e que o mesmo faz uso de estrutura de telefonia no exterior para simular chamadas em roaming, fato que corrobora com a manipulação dos sinais da rede de telefonia. A Vivo afirmou que investe em tecnologias de segurança para proteção dos clientes, em conformidade com a legislação vigente.
Referência
Fonte: © Direto News
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