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Paula Casarini, Colliers Brasil CEO, discute o “constante retorno” para trabalho presencial em empresas. Regiões Rebouças, Pinheiros, Paulista, Itaim, Bibi, JK, Nova Faria Lima, maiores taxas em Santo Amaro e Marginal Pinheiros. Inventário locado, movimento de retorno.
Em tempos recentes, temos testemunhado uma frequente volta às atividades cotidianas em diversos setores da sociedade. A volta gradual das pessoas às ruas, aos parques e aos escritórios tem sido notável, especialmente em regiões como Moema, Jardins e Brooklin. Diversas empresas têm adotado estratégias para facilitar a volta de seus colaboradores ao ambiente de trabalho tradicional, promovendo um senso de normalidade e interação social.
Com o retorno progressivo das atividades ao trabalho presencial, é evidente que a dinâmica dos bairros comerciais está se transformando. Novos padrões de mobilidade e fluxo de pessoas estão surgindo, impactando diretamente a economia local. A adaptação às novas demandas e expectativas dos profissionais que buscam um ambiente seguro e colaborativo tornou-se essencial para a sustentabilidade dos negócios. A volta à rotina presencial está redefinindo as relações de trabalho e a forma como as empresas se posicionam no mercado.
Reflexões sobre a Volta ao Trabalho Presencial
O movimento constante de retorno ao trabalho presencial tem sido observado em diversos setores, como mercado financeiro, energia, automotivo, tecnologia e investimentos. A taxa de vacância se manteve em 23%, semelhante ao final de 2023, com destaque para regiões como Rebouças, Pinheiros, Paulista, Itaim, Bibi, JK e Nova Faria Lima, com índices inferiores a 10%. Por outro lado, Santo Amaro e Marginal Pinheiros apresentam as maiores taxas, atingindo 58% e 48%, respectivamente.
O retorno ao trabalho presencial levanta questões sobre o futuro do escritório e a possibilidade de um modelo híbrido. Após um período de incerteza durante a pandemia, a transição para o home office foi necessária, mas agora surge a dúvida se o trabalho remoto será predominante. A resposta parece indicar um cenário misto, dependendo do ramo de atividade.
A experiência do distanciamento social trouxe à tona a importância da inteligência coletiva, produtividade e inovação proporcionadas pelo ambiente presencial. Empresas como o banco Morgan Stanley optaram por um retorno total ao escritório, enquanto concorrentes adotaram o trabalho remoto. A ressignificação do escritório se tornou essencial, com empresas investindo em espaços funcionais e adaptados para o novo cenário.
Um estudo da Colliers em 2024 revela que 59% das pessoas já retornaram ao escritório de forma presencial, 28% adotam um modelo híbrido e 13% permanecem em trabalho remoto. Projetando para 2025, espera-se um aumento significativo no número de colaboradores em regime híbrido, refletindo a compreensão das empresas sobre a importância da flexibilidade e adaptação nesse novo contexto de trabalho.
Fonte: © Estadão Imóveis