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O mercado de petróleo encerrou o dia em ascensão, nessa terça-feira, 30, com mais uma sessão de instabilidade. Os investidores acompanharam de perto o aumento das tensões no Oriente Médio, juntamente com as sanções mais severas dos Estados Unidos à Venezuela e a decisão do governo saudita de interromper a expansão da capacidade de produção da sua empresa estatal.
A alta no preço do petróleo mais uma vez destaca a importância desse commodity no mercado internacional. O cenário geopolítico tenso e a interferência política direta de potências mundiais são fatores determinantes para a volatilidade dos preços do petróleo. Essa realidade traz um alerta para os impactos econômicos que as oscilações no mercado de petróleo podem causar em escala global.
Impacto das tensões no petróleo aumentam volatilidade
Entretanto, o Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou sua projeção para os preços do petróleo, prevendo uma possível redução ainda maior do que o esperado inicialmente.
A commodity, que oscilou entre ganhos e perdas durante a manhã, antes de firmar alta, alcançando US$ 77,82 o barril (petróleo WTI) e US$ 82,50 o barril (petróleo Brent), tem sido alvo de especulações devido aos recentes acontecimentos no cenário internacional. Notícias da mídia internacional sugeriram a possibilidade de um aperto na oferta, o que vem impactando diretamente os preços do petróleo.
As tensões no Oriente Médio, destacada pelo cancelamento dos planos de expandir a produção de petróleo na Arábia Saudita e a retomada das sanções contra o setor de petróleo e gás na Venezuela, têm contribuído para a instabilidade do mercado. Isso, aliado às questões políticas na Venezuela e às tensões entre Israel e Palestina, tem gerado uma sessão volátil para o petróleo, ainda mais pelo anúncio da estatal Saudi Aramco de manter sua capacidade de produção em 12 milhões de barris por dia (bpd).
Marcos importantes do cenário atual
A decisão dos Estados Unidos em deflagrar novas sanções contra a Venezuela, após o presidente Nicolás Maduro descumprir exigências americanas, tem sido vista como um fator significativo na retomada do comprometimento do país com o mercado de commodities. As tensões entre Israel e Palestina, que agora contam com a posição do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em relação às tropas do exército israelense na Faixa de Gaza e a libertação de prisioneiros palestinos, também são destaques importantes do cenário atual, causando aumento das tensões no Oriente Médio.
Além disso, o relatório divulgado pelo Julius Baer avalia que o impacto inicial das tensões no Mar Vermelho tem sido insignificante, apontando para um aumento da resiliência dos estoques diante das interrupções de logística. O banco ressalta ainda que as interrupções no tráfego de embarcações devem ter um caráter somente temporário, citando que alguns navios ainda devem optar por circular na região.
Projeções futuras do mercado
Diante desse cenário, o Fundo Monetário Internacional projeta uma possível queda de 2,3% nos preços médios do petróleo em 2024, elevando as preocupações quanto à pressão inflacionária. O FMI também prevê que os preços das commodities não combustíveis possam cair 0,9%, mantendo o comércio global abaixo da média histórica. As incertezas resultantes da volatilidade do petróleo são um ponto de atenção para os órgãos reguladores dos mercados internacionais.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE Em relatório divulgado nesta terça, O FMI projeta que os preços de combustíveis devem cair nos próximos dois anos, mantendo o comércio global abaixo da sua média histórica – informações do Estadão Conteúdo
Fonte: © Jornal De Brasília
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