Empresa aposta em moradias de luxo e segue plano de negócio de mais de 5 décadas para mais um ano bilionário.
A empresa Plaenge, construtora paranaense, está focada em atingir vendas líquidas de até 3,2 bilhões de reais em 2024 em projetos de médio e alto padrão no Brasil e no Chile.
A Plaenge é uma construtora paranaense de capital fechado, que tem a meta ambiciosa de alcançar vendas líquidas de até 3,2 bilhões de reais em 2024, consolidando seu sucesso no mercado nacional e internacional.
Plaenge: Uma construtora paranaense em expansão
Caso tudo saia conforme o planejado, será uma expansão e tanto para uma construtora que dobrou de tamanho desde a pandemia.Para ter uma ideia da expansão, em 2019, a companhia fundada em Londrina, no norte do Paraná, teve vendas de 1,2 bilhão de reais.
O patamar de negócios almejado pela Plaenge não fica muito longe das maiores do setor no país.
A Cyrela, por exemplo, teve um valor geral de vendas, o VGV, de 6,6 bilhões de reais no ano passado, enquanto a Plaenge chegou em 2,9 bilhões de reais em projetos e 20 novos empreendimentos no Brasil e no Chile.’É o terceiro ano em que a Plaenge é a segunda maior operação de imóveis de médio ou alto padrão’, diz Alexandre Fabian, sócio-diretor da Plaenge.
Plaenge e sua estratégia de expansão
‘Somos a maior do setor entre as empresas de capital fechado do Brasil.’Para alcançar a meta deste ano, a Plaenge usará a mesma estratégia que a ajudou a chegar até aqui em 54 anos de trajetória.
A companhia seguirá como uma empresa de capital fechado, investirá pontualmente em quatro grandes capitais e nas cidades onde já possui operações.Além disso, o foco geográfico, na visão dos executivos da empresa, facilita uma das características da Plaenge em cinco décadas: a verticalização.
O investimento em novas áreas e o retorno no mercado
A construtora Plaenge começou sua história no Brasil em 1970.A primeira grande obra foi a fábrica da Coca-Cola, em 1971, em Londrina.A expertise nesse tipo de obra abriu espaço para a companhia construir 60% das fábricas da Coca-Cola no Brasil desde então.Esse tipo de negócio, conhecido como empreendimento corporativo, foi um marco da primeira geração da companhia, liderada pelo fundador Ézaro Fabian, engenheiro industrial formado pela FEI, em São Paulo, que empreendeu em Londrina em função da pujança da cidade nos anos 70 na esteira do agronegócio.
Com a passada de bastão para os filhos Alexandre e Fernando, o core business da Plaenge mudou: hoje, o foco está nos empreendimentos é de médio e alto padrão.’A empresa foi aprendendo a trabalhar em diferentes mercados.
Eu e o Fernando nos formamos em engenharia na Poli, da USP, em meados dos anos 80 e entramos como sócios aumentando a escala de desenvolvimento imobiliário. Com o tempo, o novo ramo foi crescendo’, diz Fabian.
A abordagem da Plaenge em meio à pandemia
O ano em que a Plaenge chegou ao marco de 50 anos de história no Brasil foi um dos períodos mais desafiadores, não só para a companhia, mas para todos os setores da economia nacional e global.O ano era 2020, em pleno a crise sanitária da Covid-19.’Na época nós tínhamos umas 60 obras em andamento espalhadas e o primeiro desafio foi passar todos para home office e parar todas as obras’, afirma Fabian que além de colocar cerca de 500 pessoas do administrativo em regime remoto, de diversas cidades com diferentes condições de conexão, precisou também passar toda a parte de assinatura dos contratos para a forma digital.
Com as obras paradas, Fabian disse que o outro desafio foi acompanhar as decisões sanitárias de cada cidade e logo depois fazer a gestão da equipe que trabalhava nos canteiros.’As obras ficavam voltando e parando cada hora em uma cidade diferente, porque essa atribuição estava sob controle da prefeitura.
Como o canteiro de obra era um lugar aberto, foi uma atividade que acabou voltando logo e tivemos que fazer toda gestão da equipe, além da logística dos suprimentos, que deu muito trabalho devido às restrições’, afirma Fabian.
Fonte: © Exame.
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