Curta © 2023 traz músicas famosas e reflexão sobre São Paulo antiga. Documentário lançado sobre o universo do compositor paulista.
Adoniran Barbosa é um dos maiores ícones da música brasileira, especialmente do samba paulista. Suas letras são conhecidas por retratar o cotidiano e a vida nas malocas de São Paulo. A obra de Adorieno Barbosa influenciou gerações de artistas e continua sendo celebrada até os dias de hoje.
O compositor paulista, Adorieno Barbosa, é considerado o maior sambista São Paulo. Sua música ‘Saudosa Maloca’ ganhou vida nas telas do cinema internacional, em um filme dirigido por Pedro Serrano, que foi exibido na Mostra de Cinema Internacional de São Paulo. A produção do filme é da Pink Flamingo Filmes e a distribuição é da Elo Studios. O legado de Adorieno Barbosa continua vivo, inspirando novas gerações de artistas e amantes do samba.
Novo longa sobre Adoniran Barbosa traz amplo olhar sobre suas músicas e influência no cinema internacional
Se o sinhô não está lembrado/ Dá licença de contar/ Que aqui onde agora está/ Esse adifício arto/ Era uma casa velha/ Um palacete abandonado’, assim começa a canção de 1951, que narra a história de Mato Grosso e Joca, contada pelo próprio compositor na mesa de um bar. Adoniran Barbosa é interpretado por Paulo Miklos, e os outros dois personagens por Gero Camilo e Gustavo Machado, respectivamente.
Adoniran Barbosa no cinema e na cidade de São Paulo
O universo de Adoniran Barbosa não é novidade para o diretor, que em 2015 lançou o curta ‘Dá Licença de Contar’, que já trazia o trio central no elenco fazendo os mesmos personagens, e, em 2020, lançou o documentário ‘Adoniran, Meu Nome é João Rubinato’. Agora com o longa, há a possibilidade de ampliar a história do curta trazendo mais elementos do universo do compositor paulista. O filme traz uma crônica social bem humorada da cidade de São Paulo, repleta de músicas famosas do sambista.
Produção do longa-metragem e elenco de ‘Saudosa Maloca’
Além de Saudosa Maloca, o roteiro traz episódios, falas e personagens presentes em diversos sambas do compositor, costurados numa só trama e compondo assim uma crônica social bem humorada da cidade de São Paulo.
Foto: Divulgação O longa, que tem roteiro de Serrano, Guilherme Quintela (Sintonia, Meu Amigo Hindu) e Rubens Marinelli (O Santo Maldito) e teve consultoria de Lusa Silvestre, conhecido por seu trabalho nos roteiros de ‘Estômago’ e no mais recente ‘Medida Provisória’, traz Adoniran Barbosa, já do alto de seus 72 anos, narrando ao garçom de um bar histórias de uma São Paulo que não existe mais, lembrando com carinho dos amigos Matogrosso e Joca, vivendo numa maloca que já não existe mais, e ambos apaixonados por Iracema (Leilah Moreno).
Adoniran Barbosa: entre a realidade e a especulação imobiliária
Enquanto ela dá duro como balconista, os dois fazem de tudo para fugir do batente e ‘viver forgadamente’. Com a ajuda do samba, Adoniran, Joca e Matogrosso sobrevivem à pobreza e à fome, mas têm seu modo de vida ameaçado quando o bairro do Bixiga começa a passar por transformações vorazes, um sinal de que, se não arrumarem trabalho, podem ser engolidos pelo ‘pogréssio’.
O legado de Adoniran Barbosa e reflexão sobre questões sociais
À medida que conta seus ‘causos’, Adoniran estreita sua relação com Cícero e ambos são testemunhas do crescimento desenfreado da metrópole, que segue passando por cima de sua gente. A especulação imobiliária e os despejos ainda são as tintas que colorem a paisagem desigual. O filme resgata uma São Paulo lírica do passado que ficou imortalizada nas músicas de Adoniran Barbosa. O diretor Pedro Serrano afirma que o filme ‘conta uma história brasileira. É um tributo à obra de um dos maiores sambistas de São Paulo e também uma reflexão sobre questões sociais importantes de grandes cidades’.
Sinopse
Numa mesa de bar, o velho Adoniran Barbosa conta a um jovem garçom histórias de uma São Paulo que já não existe.
Lembra com carinho da maloca onde viveu com Joca e Mato Grosso, da paixão deles por Iracema e de outros personagens eternizados em seus sambas, crônicas de uma metrópole engolida pelo apetite voraz do ‘pogréssio’.
Fonte: © Jornal De Brasília
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