“© 2023: documentário ucraniano com bombardeios incessantes. Fotojornalista, correspondente de guerra lituano. Prêmios acumulando, política internacional.”
Guerra. Todos concordam que a guerra é algo devastador, mas é importante entender a profundidade do sofrimento humano causado por ela. O documentário ’20 Dias em Mariupol’ nos mostra a realidade cruel que muitos enfrentaram durante esse período de conflito. Através das imagens e relatos, somos confrontados com a brutalidade da guerra e suas consequências para as pessoas comuns.
Em meio a tanto combate e destruição, é crucial encontrar maneiras de promover a paz e a reconciliação. Mesmo diante de tamanha luta, precisamos buscar soluções que nos levem a um futuro mais pacífico. A história nos mostra que a humanidade é capaz de superar os desafios mais difíceis. A paz é possível, desde que estejamos dispostos a lutar por ela. Combate. A esperança sempre prevalecerá, mesmo nos momentos mais sombrios.
Documentário ucraniano sobre a guerra é indicado ao Oscar
Vencedor do Bafta deste ano, indicado ao Oscar -e favorito na categoria-, o documentário tem como matéria-prima os 20 dias que Chernov, jornalista da Associated Press, passou na Mariupol sitiada pela Rússia ao lado do colega fotojornalista Evgeniy Maloletka, logo após a invasão russa, em fevereiro e março de 2022.
Eles foram os últimos remanescentes da imprensa internacional em Mariupol documentando os horrores da guerra que completa dois anos. Mantas Kvedaravicius, um documentarista lituano que também estava filmando na cidade, acabou capturado pelos russos e morto. Mariupol, que tinha 450 mil habitantes antes da guerra, ficou reduzida a escombros após os bombardeios incessantes dos russos.
Impacto da guerra e o trabalho dos correspondentes
O filme de Chernov mostra o impacto da guerra sobre os civis e vai muito além dos noticiários efêmeros de todos os dias.
Acompanha um pai que chora o filho adolescente morrendo no hospital, após ser atingido por um míssil enquanto jogava futebol; um médico tentando ressuscitar uma menina de 4 anos, dizendo para a câmera: ‘continue filmando’; valas comuns preparadas para receber crianças, o bombardeio de uma maternidade. A imagens também retratam o que é o trabalho de um real correspondente de guerra.
Desafios enfrentados pelos jornalistas especializados
E o imenso perigo que Chernov enfrentou para que suas imagens se tornassem públicas -os russos cortaram a conexão de internet e a equipe da AP tinha que andar pela cidade após o toque de recolher procurando wi-fi.
Foi por causa desses jornalistas que o mundo pode ver, pela CBS News, France 24, Deutsche Welle e outros, qual era a realidade em Mariupol- apesar da intensa operação de desinformação empreendida pela Rússia.
Reconhecimento e premiações do documentário
O Kremlin dizia que tudo era mentira e que Chernov e Maloletka eram terroristas da informação. A reportagem renderia a Chernov, Maloletka, Vasilisa Stepanenko e Lori Hinnant o prêmio Pulitzer deste ano pelo serviço público. Perseguidos pelas forças russas, Chernov e Maloletka tiveram de ser resgatados pelas forças especiais ucranianas após 20 dias.
Mas eles conseguiram contrabandear para fora de Mariupol 30 horas de vídeo. E Chernov se deu conta de que precisava ir além das matérias jornalísticas.
Impacto internacional da guerra e do documentário
Ele entende que o filme pode ser difícil de assistir, mas ressalta que não há uma profusão das chamadas imagens gráficas -há, sim, muita emoção, ao se aprofundar nas histórias dos civis afetados.
Ele se tornou jornalista especializado em conflitos quando a Rússia invadiu a Ucrânia, em 2013-2014.
Impacto pessoal e político da guerra
‘É a minha terra, a minha comunidade que estão sob ataque.
Todas essas bombas não destroem só prédios, destroem nossas memórias’, disse Chernov à Folha.
Esse é o tipo de sensação que quero transmitir para o público internacional quando falo sobre o filme. Parece tudo muito distante, mas, na realidade, está bem mais próximo do que muita gente pensa.
Desafios da profissão de documentarista em momentos de guerra
Mesmo assim, ele reforça que os jornalistas não devem achar que têm uma missão.
‘Infelizmente, a informação foi transformada em arma, mas isso não nos transforma em soldados’, diz.
No dia 10 de março, disputa o Oscar de melhor documentário.
E o desfecho dessa guerra vai influenciar a política internacional durante muitos anos.’
Impacto duradouro do documentário na memória coletiva
As imagens do documentário não vão deixar nosso cérebro esquecer os horrores dessa guerra.
Fonte: © Jornal De Brasília