Ibovespa cai para menor nível desde novembro, câmbio atinge valor mais alto em quase um ano. Possível freio na queda com bombas no caminho da Selic.
O controle do risco é fundamental para o sucesso dos investimentos. Além dos fatores de mercado, é importante considerar os riscos geopolíticos e econômicos. No cenário atual, o risco de instabilidade política e a volatilidade dos mercados globais são elementos-chave a serem monitorados de perto.
A incerteza é uma constante no mundo dos negócios e investimentos. Gerenciar os riscos e estar preparado para lidar com ameaças inesperadas é essencial para garantir a segurança e a rentabilidade do portfólio. Em momentos de turbulência, a capacidade de reagir rapidamente e tomar decisões estratégicas pode fazer toda a diferença.
Risco em Destaque na Segunda-feira
Enfrentando possíveis freios, o Ibovespa registrou uma queda de 0,49%, atingindo a marca de 125.334 pontos, o que representa a menor pontuação desde novembro. No acumulado de abril, a baixa já chega a 2,16%, e no ano, a expressivos 6,60%. Entre as 86 ações do Ibovespa, a maioria apresentou desempenho negativo. No entanto, empresas como Vale e Petrobras, responsáveis por quase um quarto do índice, vêm se destacando e resistindo à maré baixa desde a semana passada.
Novas Metas Fiscais e Ameaças no Mercado
Vale registrou um aumento de 0,58% impulsionado pela recuperação dos preços do minério de ferro, especialmente sob estímulos na China. Já Petrobras, por sua vez, é uma aposta para quem enxerga uma possível pressão altista no petróleo, especialmente diante de incertezas geradas pelo conflito entre o Irã e Israel, que poderiam resultar em uma redução na oferta. No entanto, vale lembrar que a estatal precisa lidar com o risco de descongelar os preços da gasolina, que estão inalterados desde outubro.
A Incerteza do Mercado e os Desafios Futuros
Além disso, os investidores continuam de olho em descontos recentes, na expectativa de possíveis dividendos extraordinários. A ação ordinária apresentou um aumento de 1,46%, enquanto a preferencial teve um acréscimo de 0,95%. O volume movimentado pela carteira teórica do Brasil atingiu expressivos R$ 20 bilhões, sendo 11% superior à média dos últimos 12 meses, que foi de R$ 18 bilhões por dia.
Riscos Cambiais e Inflacionários em Destaque
No cenário cambial, o dólar avançou 1,24%, alcançando o valor de R$ 5,18, o maior patamar em quase um ano. A inflação em abril registra 3,38%, enquanto a projeção para 2024 é de 6,85%. O mercado global encontra certa estabilidade diante das tensões no Oriente Médio, porém, os riscos inflacionários relacionados às commodities e ao câmbio permanecem presentes.
Impacto dos Riscos Geopolíticos e Fiscais na Economia Brasileira
A busca por dólares se intensifica, influenciada pelo possível adiamento de cortes de juros nos Estados Unidos. A manutenção de rendimentos atrativos por mais tempo e a segurança dos títulos americanos têm impulsionado esse movimento. No Brasil, as incertezas fiscais se somam aos riscos geopolíticos, influenciando a liderança das altas cambiais nesta segunda-feira. Com a confirmação de mudanças nas metas fiscais para 2025, o cenário fiscal se torna mais desafiador, sinalizando possíveis impactos negativos na economia nacional.
Fonte: @ Valor Invest Globo