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Nova descrição: Segunda edição do ICASM mostrou 56% de brasileiros não trataram ansiedade, sendentes finanças majores preocupação. Perguntas sobre sentimentos, escala de frequência, termos: ansiedade, anxiousness, stress. Realizado pelo AtlasIntel e Instituto Cactus, Q2 de último ano. ICASM: situações financeiras, preocupações sobre dormir, medicamentos para dormir.
O Brasil é conhecido por estar entre os países com altos índices de ansiedade em todo o mundo, tendo ocupado a primeira posição no ranking no último ano de acordo com informações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Mesmo diante desse cenário preocupante, muitos brasileiros ainda relutam em procurar ajuda para questões relacionadas à saúde mental.
É essencial que haja uma maior conscientização sobre a importância do cuidado com a saúde mental no Brasil. Incentivar o diálogo e promover ações que destaquem a necessidade de apoio psicológico e emocional pode ser fundamental para que mais pessoas se sintam encorajadas a buscar assistência especializada. A busca por tratamento adequado pode contribuir significativamente para a melhora da qualidade de vida e o bem-estar da população, impactando positivamente a sociedade como um todo.
56% dos brasileiros nunca procuraram ajuda para lidar com ansiedade e suas consequências
De acordo com os resultados da segunda edição do ‘Panorama da Saúde Mental’, conduzido pelo Instituto Cactus e AtlasIntel, a maioria dos brasileiros, 56%, admitiu nunca ter buscado auxílio profissional para lidar com os transtornos de ansiedade. Esse número aumenta para 65% quando se trata especificamente dos homens. Os dados foram coletados no segundo semestre do ano anterior por meio de um questionário on-line respondido por 3.266 indivíduos com mais de 16 anos, provenientes de diversas regiões do país.
No questionário, os participantes foram questionados sobre seus sentimentos e pensamentos, incluindo questões sobre o interesse ou prazer em realizar atividades, dificuldades para dormir, sensação de cansaço, falta de concentração, lentidão, agitação, perda de apetite ou excesso de alimentação. Uma escala de frequência foi utilizada para avaliar o impacto desses eventos na rotina dos entrevistados. O relatório resultante da análise dos dados revela o nível de ansiedade presente na população brasileira e os efeitos desse problema de saúde mental.
De acordo com os resultados, 73% dos entrevistados expressaram preocupações diversas, sendo que 30% afirmaram se preocupar quase diariamente. Além disso, 68% relataram sentir-se nervosos, ansiosos ou muito tensos, enquanto 64% mencionaram ter dificuldade para relaxar, com aproximadamente um quarto desses indivíduos experimentando essa sensação quase diariamente.
O índice gerado por essa pesquisa oferece uma visão abrangente e sistemática da saúde mental da população brasileira, fornecendo informações essenciais para os tomadores de decisão e para a sociedade em geral. Maria Fernanda Resende Quartiero, diretora-presidente do Instituto Cactus, destaca a importância de abordar esse tema crucial, ainda subestimado e pouco discutido nos âmbitos público e privado.
Além da ansiedade, outro ponto de destaque foi a preocupação principal da população, que se concentrou em questões financeiras, mencionada por 82% dos entrevistados. Essa preocupação tem impactos diretos na qualidade do sono, com 56% das pessoas relatando dificuldades para dormir devido a essas preocupações. O levantamento também revelou que 71% dormem menos de 6 horas em pelo menos uma noite, e 16% fazem uso de medicamentos para dormir sob prescrição médica.
A pesquisa também incluiu o cálculo do Índice Contínuo de Avaliação da Saúde Mental (ICASM), que avalia o estado geral da saúde mental da população brasileira. Com uma pontuação de 640 em uma escala de 0 a 1.000, o ICASM reflete três dimensões fundamentais consideradas em estudos de saúde mental em escala global: confiança, vitalidade e foco.
O relatório destaca que, apesar dos dados alarmantes, 55,8% dos brasileiros nunca procuraram ajuda especializada para lidar com a ansiedade, com uma taxa ainda mais elevada entre os homens, atingindo 65,4%. O documento ressalta a importância de não ignorar as questões relacionadas à saúde mental, especialmente considerando as convenções sociais que ainda podem influenciar a busca por auxílio, principalmente entre os homens.
Fonte: @ Veja Abril