Acionistas legais convocam AGE, secreta-geral notifica Magda e conselheiros. Presidência: Alexandre Silveira. Ministério de Minas e Energia permite mudanças internas. Acionista majoritário convoca, estrangeiros permitidos se tenham 1% de capitais. Comitê de assessoramento reune. Convocação feita, secretaria-geral divulga detalhes. União Brasileira de Acionistas informada.
Um grupo de acionistas internacionais está se mobilizando para adquirir 1% das ações da Petrobras com o objetivo de solicitar à diretoria da empresa a convocação de uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Até o momento, o índice necessário ainda não foi alcançado.
Os investidores estrangeiros estão unindo forças para atingir a meta de 1% do capital da Petrobras e assim exercer seu direito de convocar uma Assembleia Geral Extraordinária (AGE). A participação dos shareholders nesse movimento é fundamental para que as demandas sejam atendidas pela companhia.
Decisão dos Acionistas em Meio a Mudanças Internas
A preocupação dos acionistas é evidente diante do cenário incerto que se desenha para a companhia, após a saída de Jean Paul Prates e as ameaças que pairam sobre a governança, com alterações internas nos comitês de assessoramento ligados ao conselho de administração, em sua maioria vinculados ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
A reunião do colegiado da Petrobras agendada para esta sexta-feira (24) promete ser decisiva, com a possível indicação de Magda Chambriard como conselheira e sua eleição para a presidência, sucedendo Prates. A iminente convocação da Assembleia Geral Extraordinária (AGE) coloca em xeque os mandatos de todos os conselheiros eleitos pelo sistema de voto múltiplo na eleição de 25 de abril, incluindo aqueles que representam o acionista majoritário, a União, com destaque para Chambriard.
De acordo com a Lei das S.A. (6.404/76), a convocação da assembleia pode ser realizada por acionistas detentores de no mínimo 5% do capital social da empresa. Em 2020, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) flexibilizou os quóruns, reduzindo o percentual para 1% do capital social em empresas de grande porte como a Petrobras, o que facilita a ação dos acionistas minoritários. Tal medida está prevista na resolução 70 da CVM.
A movimentação dos acionistas, incluindo estrangeiros e a União Brasileira de Acionistas, reflete a inquietação diante das recentes mudanças internas na empresa. A presença de conselheiros ligados ao ministro de Minas e Energia levanta questionamentos sobre a transparência e independência das decisões tomadas. A possibilidade de alterações na presidência e nos comitês de assessoramento gera incertezas quanto ao futuro da Petrobras e ao retorno financeiro para os investidores.
Fonte: @ Valor Invest Globo