Desligamentos por justa causa podem ocorrer devido a furto, assédio e baixo rendimento. Previsão de variações no índice com base no levantamento da LCA.
No mês de janeiro, as demissões por justa causa apresentaram um aumento significativo, alcançando um número recorde de 39.511 casos, conforme dados divulgados pela LCA Consultores. Os desligamentos justificados chamaram a atenção pela sua expressiva quantidade, indicando um cenário marcado por decisões severas por parte das empresas.
É importante ressaltar que as rescisões motivadas devem ser realizadas dentro dos parâmetros legais estabelecidos, garantindo os direitos tanto do empregador quanto do empregado. As demissões legítimas são uma medida extrema e precisam ser justificadas de forma clara e objetiva, visando evitar possíveis questionamentos futuros. Cuidados no processo são essenciais para manter a transparência e a legalidade nas ações relacionadas aos desligamentos justificados.
Levantamento da LCA revela aumento das demissões por justa causa
De acordo com o levantamento da LCA, houve um aumento significativo em relação ao mês anterior nas demissões por justa causa. No total, foram registrados 2,09% dos 1.887.422 desligamentos totais, representando uma mudança no cenário do mercado de trabalho.
Durante o mês de fevereiro, apesar do aumento dos desligamentos totais, a porcentagem de demissões por justa causa diminuiu, ficando em torno de 1,942 milhão. Esse dado chama a atenção para a complexidade das demissões legítimas e rescisões motivadas, destacando a importância de analisar cada caso individualmente.
Especialistas apontam que o comportamento dos profissionais desempenha um papel crucial nesse cenário. O aumento dos desligamentos totais está diretamente ligado à falta de produtividade e comprometimento dos colaboradores, que se tornaram mais sensíveis emocionalmente devido aos desafios impostos pela pandemia.
Um especialista em carreiras e desenvolvimento humano ressalta que a pandemia contribuiu para um esfriamento nas relações humanas, o que gerou ansiedade e irritabilidade entre os profissionais. Essa instabilidade emocional refletiu em atitudes como insubordinação, desrespeito a processos e até manifestações públicas contra as empresas, resultando em demissões por justa causa.
É importante notar que o termo ‘quite quitting’ (demissão silenciosa) tem ganhado destaque, especialmente entre a geração Z. Esses profissionais valorizam a qualidade de vida e possuem uma visão diferente sobre o trabalho, o que tem impacto direto nas taxas de rotatividade no mercado.
As previsões indicam uma tendência de queda nas demissões por justa causa até novembro, seguida por um aumento nos meses de dezembro e janeiro. Essas variações refletem as mudanças em curso no mercado de trabalho e nas relações laborais, exigindo adaptação e atenção por parte das empresas e dos colaboradores.
Fonte: @ JC Concursos