Na reunião realizada nesta sexta-feira, a Diretoria Colegiada (Dicol) da Anvisa discutiu medidas brasileiras para o controle do tabaco e a redução do tabagismo.
Na última assembleia, realizada na sexta-feira, a Comissão Colegiada (Cocol) da Anvisa decidiu de forma unânime manter a proibição dos cigarros eletrônicos no território brasileiro.
Essa medida reforça o compromisso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária com a saúde pública e o bem-estar da população, protegendo-a dos potenciais riscos à saúde associados ao uso desses produtos. A atuação da Anvisa é fundamental para garantir a segurança e a qualidade dos produtos disponíveis no mercado, promovendo um ambiente saudável e protegido para todos os cidadãos brasileiros.
Repercussões da Decisão da Anvisa
Especialistas reconhecem a importância da recente decisão da Anvisa em relação à proibição da comercialização de dispositivos eletrônicos de fumar no Brasil. Destacam que essa medida contribui para a continuidade das ações de redução do tabagismo no país e para a proteção da saúde da população, especialmente dos mais jovens, impedindo a dependência desses produtos.
A presidente da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), Margareth Dalcolmo, elogia a postura da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ressaltando o papel exemplar que a Anvisa desempenha na regulamentação de questões de saúde pública. Segundo ela, o Brasil se destaca mundialmente por suas iniciativas de controle do tabaco, e a proibição dos dispositivos eletrônicos reforça esse posicionamento.
Cláudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa e representante da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), destaca a coerência da decisão com as medidas brasileiras adotadas no combate ao tabagismo, ressaltando o alinhamento do país às diretrizes internacionais da Organização Mundial da Saúde. Ele enfatiza a importância de preservar as conquistas alcançadas, que colocam o Brasil como referência nesse campo.
Impacto Positivo das Medidas Brasileiras no Controle do Tabaco
Desde a implementação de estratégias como aumento de impostos e restrição à publicidade, o Brasil tem obtido sucessos significativos na redução do consumo de tabaco. Dados revelam que a prevalência de fumantes na população adulta caiu consideravelmente ao longo das últimas décadas, alcançando patamares inferiores a 10% em anos recentes.
Ao adotar políticas alinhadas com as diretrizes internacionais, o país se tornou uma referência no combate ao tabagismo, figurando entre os poucos que atingiram os mais altos níveis de adesão às recomendações da OMS. Essa trajetória de sucesso é essencial para garantir a proteção da saúde pública e o bem-estar da população brasileira.
Desafios Diante do Avanço dos Dispositivos Eletrônicos
Apesar dos avanços conquistados, a popularização dos dispositivos eletrônicos de fumar representa um desafio para as autoridades de saúde. O aumento do uso desses produtos, especialmente entre os jovens e indivíduos não fumantes, levanta preocupações sobre os impactos na saúde, com evidências de danos pulmonares e cardiovasculares associados ao seu consumo.
A diretora-geral da ACT (Aliança de Controle do Tabagismo) Promoção da Saúde, Mônica Andreis, destaca a importância de respaldar a decisão da Anvisa com base em evidências científicas sólidas. O apoio a medidas restritivas é fundamental para conter a propagação dos dispositivos eletrônicos e proteger a população dos riscos à saúde decorrentes de seu uso inadequado.
Fonte: © Direto News