Cientistas da Universidade de York desenvolvem robô assistente para idosos com mobilidade reduzida; tecnologia utiliza aprendizagem por demonstração e Inteligência Artificial, com medidas de segurança.
No Japão, uma equipe de pesquisadores e designers está trabalhando em um protótipo inovador de robô-cuidador, que utiliza tecnologia de inteligência artificial para oferecer assistência a idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Esse novo modelo de robô-cuidador possui sensores avançados e um sistema de navegação autônomo, permitindo que ele se movimente facilmente pelo ambiente e atenda às necessidades dos usuários.
Além disso, o robô-cuidador está sendo projetado para realizar tarefas domésticas, como limpeza e organização, proporcionando mais independência e conforto para aqueles que necessitam de assistência. Com os avanços na tecnologia de conectividade, o robô-cuidador também poderá se comunicar com outros dispositivos inteligentes da casa, facilitando ainda mais a vida cotidiana das pessoas. A expectativa é que, em breve, esse tipo de tecnologia se torne amplamente disponível e acessível, proporcionando uma melhoria significativa na qualidade de vida de muitos indivíduos.
Redefinindo a Importância do Robô-Cuidador
A proposta inovadora visa criar uma solução definitiva para auxiliar pessoas com movimento reduzido a se vestirem ‘sozinhas’.
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A exibição do robô-cuidador em ação destaca como a mão robótica fornece apoio segurando a mão do indivíduo, enquanto a outra mão mecânica ajusta a manga da camisa conforme demonstrado no vídeo. ‘Estamos cientes que atividades diárias, como vestir-se, poderão ser realizadas com o suporte de um robô’, declara Jihong Zhu, pesquisador especialista em robótica da Universidade de York.
Este é um dos principais propósitos da tecnologia em progresso. Quando o robô tiver a capacidade de completar todos os passos de vestimenta independentemente, os cuidadores de pessoas com necessidades especiais terão mais liberdade para direcionar seu foco a outras obrigações, como organização do ambiente, preparação de medicamentos e atenção à companhia do indivíduo.
Ensinando os Princípios ao Robô-Cuidador
Um dos principais aspectos desse robô é o método de aprendizagem adotado. ‘Nós aplicamos um método denominado aprendizagem por demonstração, o que implica que não é imperativo ter um especialista para programar o robô, apenas um humano necessita demonstrar o movimento requerido e o robô absorve essa ação’, explica Zhu. Tal processo de aprendizado só é viável por meio de recursos inovadores e da fase de Inteligência Artificial (IA) que capacita a máquina a agir de forma mais ‘humana’ e menos previsível.
Desafios na Implementação do Robô-Cuidador
Apesar do avanço considerável na criação do robô-cuidador, é imprescindível estabelecer medidas de segurança. ‘Não basta apenas garantir a execução da tarefa pelo robô, é crucial que a tarefa possa ser interrompida ou alterada durante o processo, caso o indivíduo assim deseje’, destaca Zhu. Para isso, o robô precisa reconhecer por meio do toque humano que a ação deve ser interrompida, sem qualquer resistência. ‘A confiança é uma parte vital desse procedimento’, recorda o especialista. Logo, ‘o próximo passo nessa pesquisa é testar as limitações de segurança do robô com voluntários e avaliar sua aceitação pelas pessoas que realmente mais necessitam dele’, completa. Se tudo transcorrer conforme o planejado, o robô-cuidador poderá vir a se tornar um ‘robô assistente popular no mercado’. Uma versão preliminar do estudo que descreve a evolução no desenvolvimento de um robô-cuidador viável foi divulgada na plataforma arXiv.
Fonte: © CanalTec