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De acordo com os últimos relatórios climáticos, o Brasil enfrentou um aquecimento extenso sem precedentes nos últimos meses. Durante o período de 1 de junho de 2024 a 1 de junho de 2025, observou-se um aumento significativo na ocorrência de dias excessivamente quentes, totalizando 70,3 dias a mais do que o esperado. Esse aquecimento extenso é um reflexo direto das ações humanas que contribuem para as mudanças climáticas em escala global.
O impacto do calor intenso tem sido cada vez mais evidente em diversas regiões do país. As temperaturas elevadas têm desafiado as comunidades locais, exigindo medidas urgentes para lidar com os efeitos do calor extremo. É crucial adotar estratégias sustentáveis para mitigar os efeitos do aquecimento extenso e garantir a resiliência das populações diante das condições climáticas adversas.
Aquecimento Extenso e suas Consequências
Os dados apresentados no relatório das organizações WWA (World Weather Attribution), Climate Central e Centro Climático da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho revelam a gravidade do aquecimento global e suas implicações. O estudo, divulgado recentemente, utiliza técnicas de atribuição climática para analisar o impacto do calor extremo em eventos climáticos ao redor do mundo.
Durante o período abrangido pelo levantamento, foram identificadas 76 ondas de calor extremo em 90 países diferentes. Isso resultou em 6,3 bilhões de pessoas vivenciando pelo menos 31 dias de calor extremo, o que representa cerca de 78% da população global. Esses eventos foram definidos como aqueles mais quentes do que 90% das temperaturas observadas entre 1991 e 2020.
No Brasil, por exemplo, foram registrados 81,8 dias de calor extremo entre maio de 2023 e maio de 2024. Em um cenário sem a influência das mudanças climáticas, esse número seria significativamente menor, totalizando apenas 17,8 dias. O ano de 2023 foi marcado como o mais quente da história, com recordes sendo quebrados em diversas áreas, como a temperatura dos oceanos e o degelo marinho.
As altas temperaturas têm desencadeado eventos climáticos extremos em todo o mundo, desde incêndios florestais no Canadá até enchentes no Rio Grande do Sul. Esses fenômenos são resultado direto das mudanças climáticas causadas pelas atividades humanas, que têm aquecido o planeta em 1,2°C desde os tempos pré-industriais.
O relatório ressalta que as ondas de calor são os eventos mais dramaticamente afetados pelas alterações climáticas, tornando-se mais intensas e frequentes a cada ano. Embora inundações e ciclones recebam mais atenção midiática, o calor extremo é, de fato, o evento mais letal, resultando em milhares de mortes anualmente.
Países como Suriname, Equador, Guiana, El Salvador e Panamá foram os mais impactados pelo calor extremo, com cidadãos enfrentando até 182 dias de altas temperaturas. Sem a interferência das mudanças climáticas, esses períodos seriam significativamente menores, destacando o papel crucial das ações humanas no aumento do calor intenso em todo o mundo.
Os cientistas enfatizam que as mudanças climáticas têm contribuído diretamente para a intensificação e prolongamento das ondas de calor, tornando-as mais prováveis e perigosas. Cada evento analisado no estudo demonstra a influência do aquecimento global, com alguns se tornando até 35 vezes mais prováveis devido às alterações climáticas induzidas pelo homem.
Diante desse cenário preocupante, é fundamental que ações concretas sejam tomadas para mitigar os efeitos do aquecimento extenso e garantir um futuro sustentável para o planeta e suas populações.
Fonte: © Notícias ao Minuto