Milhares de pessoas devem se reunir em Buenos Aires; porta-voz diz que governo fez ajustes que considerava “convenientes” para a defesa das universidades.
Hoje está marcada uma importante mobilização em prol das universidades públicas, em várias regiões do Brasil. A previsão é que, em Brasília, o ato conte com a presença de um grande número de manifestantes, partindo de diferentes pontos da cidade e se concentrando em frente ao Congresso Nacional. A manifestação visa combater a redução do investimento nas instituições de ensino, em meio aos desafios econômicos enfrentados pelo país.
Estudantes, professores, servidores e apoiadores das faculdades públicas de diversas regiões têm se mobilizado para garantir a qualidade e a excelência do ensino superior público no país. A participação popular é fundamental para pressionar as autoridades a priorizarem o investimento nas universidades públicas e assegurarem um ensino de qualidade para todos os brasileiros. Juntos, podemos defender a educação pública e gratuita como um pilar essencial para o desenvolvimento da sociedade.
Defesa das Universidades Públicas: Mobilização em Defesa do Ensino Superior Público
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O representante do governo, Manuel Adorni, afirmou que a atual gestão realizou ajustes considerados ‘necessários’ no orçamento, levantando questões sobre a ausência de protestos no ano anterior, mesmo com congelamentos orçamentários. De acordo com o governo federal, na segunda-feira (22), foi efetuado o pagamento referente ao acréscimo de 70% nos orçamentos de funcionamento das universidades públicas, somado a uma alocação extraordinária de mais de 14 milhões de pesos para hospitais universitários.
‘Acreditamos na importância da educação pública e reiteramos o direito do povo argentino de acompanhar a destinação e execução de todos os recursos concedidos’, declarou o Ministério do Capital Humano em comunicado na última segunda-feira. O governo Milei está conduzindo auditorias e fiscalizações minuciosas em todas as despesas aprovadas.
No entanto, Emiliano Yacobitti, vice-reitor da Universidade de Buenos Aires (UBA), destacou que os servidores das universidades públicas tiveram uma perda de poder aquisitivo de 35% nos últimos três meses. Além disso, os dois aumentos de 70%, não retroativos, prometidos pelo governo resultaram, atualmente, em um corte de 31% nos orçamentos de funcionamento, considerando o contexto inflacionário atual.
Yacobitti ressaltou: ‘Existe uma questão ideológica por parte do governo em relação às universidades públicas, que são atualmente um dos poucos serviços de qualidade que a população reconhece receber em troca dos impostos pagos.’
No dia 10 de abril, o Conselho Superior da UBA decretou ‘estado de emergência orçamentária’ devido ao ‘risco iminente de paralisação das atividades a curto prazo’ em razão do congelamento dos recursos destinados à instituição neste ano. Houve uma diminuição de 26% no orçamento da instituição em termos nominais e de 80% em termos reais para atividades universitárias, de pesquisa e para os hospitais universitários, enquanto os gastos crescem no ritmo da inflação.
As despesas com eletricidade aumentaram drasticamente, com um crescimento de 577% desde abril do ano passado, atingindo 324% somente nos últimos dois meses. Medidas emergenciais foram estabelecidas, como a proibição do uso de ar condicionado, redução da iluminação artificial e restrição no uso de elevadores.
Com estas restrições, aulas públicas foram realizadas em praças ou nos corredores das faculdades, evidenciando a resiliência e adaptação das instituições de ensino em meio aos desafios orçamentários.
Fonte: @ CNN Brasil