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Segundo dados da Receita Federal, arrecadação federal atingiu R$ 202,9 bilhões no mês, incluindo impostos, arrecadação de órgãos federais e arrecadações objetivas. Arrecadação forte equilibrou os receitas administradas.
A arrecadação federal de tributos atingiu a marca de R$ 202,9 bilhões em maio, estabelecendo mais um marco histórico. O montante total arrecadado de janeiro a maio totalizou R$ 1,099 trilhão, representando o maior valor já registrado em termos reais. A arrecadação demonstrou um crescimento real de 10,46% em comparação com maio do ano anterior, evidenciando a robustez da economia.
Além disso, a expressiva arrecadação de impostos contribuiu significativamente para o aumento da receita do governo. Os altos valores arrecadados impulsionaram a captação de recursos, fortalecendo as finanças públicas e possibilitando investimentos em áreas estratégicas. A diversificação das fontes de ingressos também foi um fator determinante para o desempenho positivo da arrecadação neste período.
Arrecadação Federal em Destaque
Os dados referentes à arrecadação foram revelados nesta terça-feira (25) pela Receita Federal do Brasil (RFB). De janeiro a maio, observou-se um crescimento real de 8,72% em comparação com o mesmo período do ano anterior. É importante ressaltar que, exclusivamente considerando as receitas administradas pela Receita Federal, registrou-se um aumento real de 10,4% somente no mês de maio, totalizando expressivos R$ 196,6 bilhões. No acumulado do ano, as receitas administradas totalizaram R$ 1,034 trilhão, com um crescimento real de 8,74%.
A arrecadação proveniente de outros órgãos federais, que inclui, por exemplo, os dados de royalties de petróleo, atingiu o montante de R$ 6,3 bilhões no último mês, representando um incremento real de 12,6%. No ano, a arrecadação desses órgãos atingiu a marca de R$ 54,8 bilhões, com um aumento real de 8,41%.
Destaca-se também o impacto das desonerações no cenário da arrecadação federal. O governo deixou de arrecadar cerca de R$ 51 bilhões nos primeiros cinco meses deste ano devido a desonerações e incentivos tributários. Esse valor representa uma redução de R$ 11,5 bilhões em relação ao mesmo período de 2023.
As fontes de renúncia do governo neste ano incluem diversas áreas, como PIS/Cofins sobre combustíveis (R$ 2 bilhões), IPI-Total (R$ 845 milhões), Lucro Presumido (R$ 741 milhões), Entidades Beneficentes – Cebas (R$ 575 milhões), Transporte Coletivo (R$ 275 milhões), e Cesta Básica (R$ 275 milhões). O item ‘Outros’ corresponde a um montante de R$ 46,2 bilhões.
A relevância desses números está diretamente ligada à avaliação da viabilidade do governo em alcançar a meta de zerar o déficit zero, ou seja, equilibrar gastos e receitas neste ano. Essa meta é um dos objetivos estipulados para cumprir o arcabouço fiscal e manter a saúde das contas públicas.
É fundamental ressaltar que uma arrecadação forte é um indicativo positivo, porém, não garante que a situação fiscal esteja totalmente sob controle. Mesmo com uma arrecadação robusta, é necessário que os gastos sejam contidos para garantir o equilíbrio das contas. O governo prevê um déficit de R$ 14,5 bilhões em 2024, o que reforça a importância de aumentar a arrecadação enquanto se controlam os gastos.
Fonte: @ Valor Invest Globo