Brasil: Cesta Básica: Reunião Fomc (Federal Reserve) – comitê monetário. Mercado de trabalho: emprego, expectativas, recessão, Selic (taxa de juros). Autoridade fiscal: contas públicas, desoneração, impostos. Inflação, questões Selic, Senado. Mercado: juros, emprego, inflação. Gradual: medidas compensação, reoneração. Fomc: mercado, trabalho, Selic.
Os investidores estão atentos aos movimentos do mercado financeiro em meio à expectativa de novas decisões sobre os juros. A volatilidade nos mercados globais reflete a incerteza em relação às taxas de juros e como elas podem impactar os investimentos.
Além disso, a possibilidade de um novo ciclo de cortes nos juros vem sendo discutida, especialmente diante das taxas de juros recordes em diversos países. A decisão sobre a Selic e as taxas de juros básica também são aspectos importantes a serem considerados pelos investidores em suas estratégias financeiras.
Preocupações com os Juros e a Questão Fiscal
Por aqui, as preocupações com os riscos de uma possível recessão americana estão levando os investidores a ficarem de olho em Brasília, especialmente na questão fiscal e no futuro da Selic. Ontem (20), durante um evento promovido pelo BTG Pactual, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que, se necessário, os juros poderão voltar a subir no Brasil.
Não é novidade que o BC vem alertando sobre suas preocupações com a inflação. Por isso, a autoridade monetária encerrou recentemente o ciclo de cortes da Selic e manteve a taxa básica de juros em 10,50% nas últimas duas reuniões. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também participou do evento e ressaltou a importância de agir com cautela, já que um movimento equivocado agora poderia comprometer os avanços conquistados no combate à inflação.
Além da questão inflacionária, a situação fiscal do país ganha destaque, especialmente diante da incerteza global provocada pela possibilidade de uma recessão nos Estados Unidos. Se a maior economia do mundo enfrenta dificuldades, os investidores tendem a se afastar de mercados mais arriscados, como o Brasil.
Diante desse cenário, o mercado aguarda por sinais do governo de que as contas públicas estão sob controle. Haddad afirmou que, se necessário, novas medidas poderão ser adotadas para compensar a desoneração da folha de pagamentos, que mantém alíquotas reduzidas para os setores que mais empregam no país.
O Senado aprovou a reoneração gradual, mas deixou de fora o aumento da taxação dos juros sobre capital próprio (JCP), uma das medidas de compensação previstas. Com a desoneração da folha de pagamento, o governo abre mão de arrecadar impostos maiores e precisa encontrar formas de compensar essa renúncia.
Além das questões locais, os olhos estão voltados para os Estados Unidos, onde o Federal Reserve (Fed) divulgará a ata da última reunião do Fomc, o comitê que decide sobre as taxas de juros. O Fed manteve as taxas em níveis recordes no último encontro, mas sinalizou a possibilidade de cortes futuros.
Os dados recentes da economia americana apontam para um enfraquecimento que pode indicar uma recessão em vista. A revisão do payroll, que traz informações sobre o mercado de trabalho nos EUA, será um ponto chave para avaliar a situação. Se a revisão mostrar um enfraquecimento ainda maior no emprego, a possibilidade de recessão se torna mais evidente. Portanto, o dia será de atenção aos acontecimentos nos Estados Unidos.
Fonte: @ Valor Invest Globo