Narges Mohammadi acusa autoridades iranianas de agressões contra detentas, incluindo testemunhas e sobreviventes, com guerra de grande escala contra mulheres. Agressões sexuais, vigilância de vídeo e rigoroso código de vestuário.
Narges Mohammadi, uma renomada defensora dos direitos humanos no Irã, está enfrentando um julgamento por denunciar publicamente as violações cometidas pelas autoridades iranianas. A ativista Narges Mohammadi, conhecida por sua coragem e determinação, tem sido uma voz incansável na luta pelos direitos das mulheres em seu país.
A Prêmio Nobel da Paz Narges Mohammadi, que tem sido uma inspiração para muitos ao redor do mundo, está sendo alvo de perseguição por suas ações em prol da justiça e da igualdade. Sua coragem em enfrentar as adversidades e sua dedicação à causa dos direitos humanos tornam Narges Mohammadi uma figura notável no cenário internacional.
Narges Mohammadi: Ativista Iraniana e Prêmio Nobel da Paz
De acordo com informações da agência de notícias France-Presse (AFP), que obteve detalhes da família da detida, o tão aguardado julgamento está programado para ter início no próximo domingo. Este julgamento está diretamente relacionado a uma mensagem áudio que a renomada ativista, Narges Mohammadi, compartilhou em abril com seus apoiadores, diretamente da prisão onde está detida desde o final de 2021. Nessa mensagem, Narges denunciou veementemente o que descreveu como uma ‘guerra em grande escala contra as mulheres‘ na República Islâmica.
O Ministério Público a acusou de ‘propaganda contra o regime’, porém as autoridades judiciais iranianas mantiveram silêncio sobre o assunto até o momento. A família de Narges expressou o desejo de que o julgamento seja público, permitindo assim que ‘as testemunhas e sobreviventes possam relatar as agressões sexuais cometidas pelo regime da República Islâmica contra as mulheres’ nas prisões do país.
Em uma comovente mensagem, a ativista e jornalista detida na prisão de Evine, em Teerã, incentivou as mulheres iranianas a compartilharem suas experiências nas redes sociais, expondo os fatos sobre suas detenções e as agressões sexuais perpetradas pelas autoridades. Ela destacou o caso de Dina Ghalibaf, uma jornalista e estudante que, de acordo com organizações não governamentais (ONGs), foi detida após denunciar nas redes sociais que havia sido algemada e agredida sexualmente pelas forças de segurança durante uma detenção anterior. Ghalibaf foi posteriormente libertada.
Nas últimas semanas, tem sido observado um aumento significativo na repressão das autoridades iranianas contra as mulheres, especialmente através do uso cada vez mais frequente de videovigilância. Desde a Revolução Islâmica de 1979, as mulheres no Irã são obrigadas a seguir um rigoroso código de vestuário, que inclui o uso do véu em espaços públicos.
Narges Mohammadi, ativista incansável de 52 anos e defensora dos direitos das mulheres, encontra-se detida desde novembro de 2021, privada do convívio com seu marido e seus filhos gêmeos que residem em Paris há vários anos. Ao longo das últimas duas décadas e meia, Narges foi repetidamente condenada e encarcerada por sua luta contra a imposição do véu às mulheres e a pena de morte.
Narges Mohammadi: Defensora dos Direitos Humanos e da Justiça
Fonte: @ Agencia Brasil