Órgão decide em até 240 dias para operações notificadas e 330 dias em casos complexos de impacto concorrencial no segmento desafiador.
Antes mesmo de ser concretizada, a união entre a Petz e a Cobasi vem gerando diversas avaliações no mercado. Analistas e especialistas já estão de olho no desdobramento dessa fusão e como ela poderá impactar a concorrência. A avaliação dos órgãos reguladores será fundamental para determinar os próximos passos desse processo.
É importante ressaltar que a avaliação inicial do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) será crucial para definir o rumo desse negócio. A avaliação minuciosa dos impactos concorrenciais será um ponto-chave nessa fase inicial do processo. É esperado que a avaliação detalhada do Cade traga mais clareza sobre as possíveis restrições e exigências que poderão ser impostas.
Avaliação da Fusão entre Petz e Cobasi pelo Órgão Antitruste
As análises iniciais da fusão entre Petz e Cobasi, que assinaram o memorando de entendimentos na última sexta-feira, 19, ainda são preliminares. A expectativa no órgão antitruste é que o negócio gere diversas sobreposições que podem impactar concorrencialmente a operação. Um interlocutor no Cade observou que, com um bom levantamento das questões concorrenciais pelas partes envolvidas, a avaliação não deverá ser tão complexa.
Em fusões do tipo varejista, como essa entre Petz e Cobasi, o foco principal da avaliação pelo órgão antitruste costuma ser identificar quais lojas precisarão ser desinvestidas. A tendência é que a análise seja realizada de forma bastante minuciosa, considerando a realidade de cada cidade, e, em locais com mais de 200 mil habitantes, até mesmo em nível de bairro.
O Cade tem um prazo de até 240 dias para avaliar operações notificadas, podendo estender para 330 dias em situações mais complexas, sob aprovação da Superintendência-Geral. A fusão entre Petz e Cobasi, discutida em teleconferência, gerou otimismo por parte dos CEOs das empresas. Sergio Zimerman, da Petz, destacou a importância de uma avaliação positiva pelo órgão e reconheceu a possibilidade de desafios durante o processo.
Por sua vez, Paulo Nassar, CEO da Cobasi, compartilhou da mesma visão otimista, apontando que juntas as empresas têm cerca de 2% das lojas do segmento no país, o que sugere que as restrições impostas pelo Cade devem ser brandas. Segundo relatório do BTG Pactual, a fusão entre Petz e Cobasi consolidará um player líder em um segmento particularmente desafiador, impactado por um ambiente de mercado altamente competitivo devido à expansão do comércio eletrônico e queda nas vendas de produtos não alimentícios.
O mercado, apesar da concentração de jogadores como a Petz e a Cobasi, permanece fragmentado e caracterizado por preços agressivos. A fusão, segundo o relatório, é uma resposta estratégica a essa dinâmica competitiva. Em resumo, a avaliação da fusão entre Petz e Cobasi pelo órgão antitruste promete ser detalhada e considerar de perto o impacto concorrencial da operação no mercado varejista pet-friendly.
Fonte: @ Mercado e Consumo