Crise da produção do jato 787 Dreamliner resulta em problemas de qualidade e segurança, investigação federal, baixa de exportações e custos trabalhistas.
A Boeing, líder mundial na fabricação de aviões, tem passado por uma série de dificuldades nos últimos anos. A empresa norte-americana enfrentou uma crise em sua reputação após o acidente com o 737 MAX, resultando na proibição de voos do modelo e levando a um impacto significativo em sua produção e nas finanças da companhia. A Boeing está trabalhando em estreita colaboração com os reguladores para resolver essas questões e restaurar a confiança nas suas aeronaves.
Além disso, a situação da Boeing também tem afetado outras fabricantes norte-americanas e companhias aéreas, tendo um impacto negativo na economia dos Estados Unidos. Enquanto a empresa lida com os desafios em suas fábricas, a concorrente Airbus tem se beneficiado dessa crise, ganhando espaço no mercado de aviação.
A crise da Boeing aumenta problemas de fabricantes norte-americanas
Eles também estão causando problemas para economia dos Estados Unidos e para o bolso dos consumidores. Uma das maiores empresas do país está passando por problemas sérios de produção, qualidade e segurança, que se agravaram após um incidente com um 787 Dreamliner da Latam, no qual o avião caiu drasticamente em um voo, ferindo diversos passageiros. A investigação sobre as fábricas da Boeing pelo governo federal está afetando a empresa que já enfrentava desafios significativos em sua reputação. Especialistas afirmam que a crise da Boeing pode levar ao aumento das tarifas aéreas e a um crescimento econômico mais lento. Sendo um dos principais fabricantes de aviões do mundo, a Boeing tem grande impacto na economia dos EUA, empregando mais de 140.000 pessoas em todo o mundo e gerando bilhões em receita a cada trimestre, ao lado da empresa Airbus.
Além disso, a manutenção da produção de aviões também é essencial para o funcionamento do país e do mundo como um todo, devido à grande dependência dos aviões da Boeing para viagens, negócios, entregas e geração de empregos. Esta situação é agravada devido a atrasos nas entregas que as companhias aéreas e a Boeing esperam devido à investigação federal nas fábricas da empresa. Isso pode levar à redução da quantidade de aviões disponíveis e diminuir os benefícios normalmente obtidos através desse mercado, que costumam impulsionar a economia.
Problemas graves afetam linha de produção e entregas da Boeing
Os incidentes que vêm ocorrendo com aviões da Boeing, como a explosão da porta do 737 Max da Alaska Airlines logo após a decolagem, mostram claramente que a empresa precisa resolver seus problemas. A Boeing já reduziu a produção de seus jatos 737 Max enquanto os reguladores investigam as práticas da empresa, levando a menos voos programados e as companhias aéreas se preparam para possíveis problemas nas entregas. A atual queda de 6,1% nas novas encomendas de bens duráveis em janeiro foi impulsionada principalmente pela menor demanda por jatos Boeing. A empresa também informou que enviou apenas 17 jatos Max em fevereiro, metade do que havia despachado em dezembro. Companhias aéreas como a Southwest e a United também estão revisando suas encomendas da Boeing, devido à expectativa de receber menos aeronaves do que o planejado, afetando seus planos de contratação e operação.
Impactos econômicos da crise da Boeing
A necessidade da Boeing em resolver seus problemas é um fator que pode implicar na manutenção das contratações, mesmo que a procura por seus aviões enfraqueça. No entanto, isso também aumentaria os custos trabalhistas da empresa, resultando em maiores prejuízos e danos ao valor das ações. A paralisação da produção do jato 737 Max em 2020, após dois acidentes fatais, seguida pela pandemia, resultaram em perdas significativas para a Boeing, impactando boa parte do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Além disso, a empresa é uma grande exportadora do país, e uma demanda mais fraca por seus aviões resultaria em menos exportações e um possível desequilíbrio na balança comercial.
Concorrência entre Boeing e Airbus
Os problemas enfrentados pela Boeing abriram caminho para o sucesso de sua concorrente, a Airbus, que superou a fabricante norte-americana como a maior fabricante de aeronaves do mundo. Embora não seja fácil para as companhias aéreas mudarem de fornecedor, a tendência atual favorece a Airbus. A diminuição na demanda por encomendas de aeronaves da Boeing pode ser direcionada para a Airbus, afetando o setor de fabricação de aeronaves nos EUA. Isso pode levar ao crescimento do mercado europeu, em detrimento da economia norte-americana.
Fonte: © CNN Brasil