Larry Kellner, presidente do conselho da Boeing, não buscará reeleição. Autoridades dos EUA deram 90 dias para plano de controle de qualidade.
A multinacional do setor aeroespacial Boeing enfrenta desafios significativos devido aos recentes episódios de falhas em seus sistemas de segurança. A empresa, que é uma das principais fabricantes de aviões do mundo, tem enfrentado críticas e desconfianças por parte dos consumidores e órgãos reguladores.
A saída do CEO da Boeing sinaliza uma mudança na estratégia da empresa, que busca reverter a tendência negativa em relação à sua reputação. O processo de transição de liderança será fundamental para a fabricante de aviões recuperar a confiança do mercado e retomar seu lugar entre as principais empresas do setor aeroespacial.
Boeing enfatiza segurança e qualidade em comunicado aos funcionários
‘O mundo está observando e sei que vamos superar este momento para sermos uma empresa melhor’, escreveu Calhoun em uma carta aos funcionários na qual afirmou que ‘segurança e qualidade são o que colocamos antes de tudo’. No mês passado, as autoridades dos Estados Unidos deram à Boeing um prazo de 90 dias para apresentar um plano de controle de qualidade.
A Agência Federal de Aviação Civil (FAA) dos Estados Unidos observou que a empresa deve ‘se comprometer com uma melhoria verdadeira e profunda’. Calhoun permanecerá no comando até o final de 2024, disse a empresa em seu comunicado à imprensa. Stan Deal, diretor da divisão de aviação comercial, é substituído com efeito imediato por Stephanie Pope, atual diretora operacional do grupo.
O presidente do conselho, Larry Kellner, também disse que não planeja buscar a reeleição na assembleia geral anual do grupo, segundo o comunicado. Kellner ocupava esse cargo desde o final de 2019. O conselho de administração escolheu Steve Mollenkopf, membro do conselho executivo da Boeing e ex-chefe da fabricante de chips Qualcomm, para sucedê-lo.
Como tal, Mollenkopf será responsável por encontrar um novo CEO para a empresa.
Boeing: Mudanças na liderança e desafios de segurança
A fabricante de aeronaves está em plena crise, após um acidente ocorrido no início de janeiro com um avião modelo 737 MAX 9 da Alaska Airlines, no qual uma porta da cabine se soltou em pleno voo.
Além do acidente técnico a bordo de tal voo, já foram relatados problemas de produção ao longo de 2023, assim como uma série de incidentes em 2024.
‘
Fonte: © G1 – Globo Mundo