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A BP e Bunge receberão US$ 1,4 bilhão da petrolífera britânica por sua joint-venture de 50% em biocombustíveis no mercado brasileiro, envolvendo plataformas de bioenergia, etanol, gás biomassa e combustível aviário da próxima geração. Transação prioritária em negócios nucleares de investimentos, biocombustíveis na região.
Desde o início de 2024, a BP está liderando uma onda de aquisições no setor de energia, com foco especial nos biocombustíveis. Além disso, a empresa está expandindo sua presença nos Estados Unidos, consolidando sua posição como uma das principais players do mercado. A estratégia de crescimento por meio de aquisições tem sido fundamental para a BP se manter competitiva no cenário global.
Recentemente, a BP anunciou a compra de participação em uma joint venture no Brasil, fortalecendo sua presença no mercado de biocombustíveis. Essa movimentação estratégica demonstra o compromisso da empresa em diversificar seus negócios e investir em fontes de energia mais sustentáveis. A aquisição de participação nessa joint venture é um passo importante para a BP consolidar sua liderança no setor de energias renováveis.
BP, aquisição; impulsionando o mercado de biocombustíveis no Brasil
Nessa direção, a gigante petrolífera britânica BP revelou recentemente um acordo estratégico para adquirir a participação de 50% da americana Bunge na BP Bunge Bioenergia, uma joint venture focada em biocombustíveis no mercado brasileiro. Sob os termos dessa transação significativa, a BP concordou em desembolsar cerca de US$ 1,4 bilhão pela fatia da Bunge na operação, além de assumir uma dívida líquida de aproximadamente US$ 500 milhões, juntamente com obrigações de arrendamento avaliadas em torno de US$ 700 milhões.
O CEO da Bunge, Greg Heckman, expressou sua satisfação com o andamento do negócio e o desempenho da equipe desde a criação da joint venture em julho de 2019. No entanto, ele destacou que essa transação não é crucial para a estratégia de longo prazo da Bunge, permitindo à empresa focar e investir em seus negócios centrais, fortalecendo ainda mais seu balanço.
Por outro lado, Emma Delaney, vice-presidente executiva de clientes e produtos da BP, enfatizou que essa aquisição está alinhada com as prioridades da empresa de direcionar seus esforços para o negócio e maximizar os retornos para os acionistas. Ela expressou entusiasmo com a oportunidade de ampliar o valor das capacidades comerciais e tecnológicas da BP, especialmente no setor de bioenergia no Brasil, onde a empresa está posicionada para continuar crescendo e se desenvolvendo.
Após a conclusão do acordo, a BP terá a capacidade de produzir cerca de 50 mil barris por dia de etanol equivalente a partir da cana-de-açúcar, por meio das 11 usinas distribuídas em cinco estados brasileiros. Além disso, a empresa ressaltou que essa transação oferece potencial para explorar novas oportunidades de crescimento na região e desenvolver novas plataformas de bioenergia, incluindo o etanol de próxima geração, o combustível de aviação sustentável (SAF) e o biogás.
Paralelamente ao anúncio, a BP informou que suspenderá os planos para dois projetos potenciais em biocombustíveis, enquanto continuará avaliando outras três iniciativas em andamento nesses segmentos. Essas ações refletem a decisão estratégica da empresa de focar no valor e nos retornos dessas operações, visando simplificar e concentrar seus esforços para impulsionar o crescimento.
A conclusão da aquisição está prevista para o quarto trimestre de 2024, contribuindo significativamente para a meta da BP de atingir um Ebitda de cerca de US$ 2 bilhões em bioenergia e de US$ 3 bilhões a US$ 4 bilhões em todos os seus negócios de transição energética até 2025. Esse movimento estratégico também teve impacto positivo nas ações da Bunge e da BP, com a Bunge avaliada em US$ 14,8 bilhões e registrando um aumento de 2,03% na Bolsa de Nova York, enquanto os papéis da BP apresentaram um crescimento de 1,92% na Bolsa de Londres, com o grupo avaliado em £ 77,9 bilhões.
Fonte: @ NEO FEED