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Ano passado registrados-se 83.988 casos de crimes contra mulheres e meninas relacionados a PL 1904/2023, com dificuldade em denunciar, até 13 anos. (141 caracteres)
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A realidade do estupro no Brasil é alarmante e exige ações urgentes para proteger as vítimas e combater esse crime hediondo. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os números de casos de estupro atingiram um novo patamar em 2024, com um aumento significativo em relação ao ano anterior. A cada hora, duas mulheres são vítimas desse ato de violência que deixa marcas profundas na sociedade.
É crucial que a sociedade esteja atenta aos sinais de abuso sexual e violência sexual e se una para criar um ambiente seguro para todos. O combate ao estupro requer não apenas punições mais severas, mas também um trabalho contínuo de conscientização e educação para prevenir novos casos. Todos devem se unir contra essa violação dos direitos humanos e garantir que as vítimas encontrem apoio e justiça. Juntos, podemos fazer a diferença e construir um futuro onde o estupro seja algo do passado.
Impacto dos Registros de Crime Desse Tipo
Em 2022, um caso de estupro foi registrado a cada 8 minutos, incluindo abuso sexual e violência sexual. Esses registros levam em conta apenas os casos denunciados, refletindo um aumento de 6,5% em relação ao ano passado. Desde 2011, houve um aumento de 91,5% nos casos de estupro. O perfil das vítimas permanece constante, sendo principalmente do sexo feminino (88,2%), negras (52,2%), com até 13 anos (61,6%), e abusadas por familiares ou conhecidos (84,7%) dentro de casa (61,7%).
Desafios Relacionados a PL 1904/2023
Samira Bueno, diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, destaca a dificuldade de denunciar casos de estupro, especialmente para meninas e mulheres. Ela ressalta que muitas vítimas enfrentam a gravidez resultante da violência, considerada estupro de vulnerável pela Constituição. Os dados mostram uma prevalência de denúncias entre crianças e uma queda entre as mais velhas. A discussão em torno da PL 1904/2023, que propõe penas mais severas para o aborto após a 22ª semana de gestação, torna ainda mais urgente o combate à violência sexual.
Impacto nos Índices de Estupro
Os dados revelam que a taxa média nacional de estupro é de 41,4 por 100 mil habitantes. Em faixas etárias específicas, como bebês e crianças de 0 a 4 anos, a taxa de vitimização é ainda mais alarmante, chegando a 68,7 casos por 100 mil habitantes. Cidades como Sorriso, em Mato Grosso, apresentam altas taxas de estupro, com 113,9 vítimas por 100 mil habitantes, evidenciando a gravidade do problema. A necessidade de enfrentar a violência sexual, especialmente contra os mais vulneráveis, é urgente e crucial para a segurança e proteção de todos.
Fonte: © Notícias ao Minuto