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Explore o debate sobre café descafeinado e seus potenciais riscos à saúde, relacionados a descafeinação: solventes, água quente, filtro, pressões (275 atmosferas), CO2, cloreto de metilo, cloreto, agência de vigilância sanitária e nova regulamentação.
O cloreto de metileno é amplamente utilizado na indústria devido às suas propriedades como solvente eficaz em diversos processos. O cloreto é conhecido por sua eficiência na remoção de tintas e vernizes, sendo uma opção popular em muitas aplicações industriais.
Os químicos responsáveis pelos processos de descafeinação do café devem seguir rigorosas diretrizes de segurança estabelecidas pela agência de segurança e saúde ocupacional. A manipulação de solventes como o cloreto de metileno requer cuidados específicos para garantir a proteção dos trabalhadores e a conformidade com as normas de segurança.
Café Descafeinado e a Polêmica do Cloreto de Metileno
Embora aparentemente inofensivo, o café descafeinado está no centro de uma controvérsia nos Estados Unidos, levantando questões sobre sua segurança para a saúde. Recentemente, o portal de notícias Xataka divulgou um artigo sobre a presença de substâncias potencialmente cancerígenas nos processos de descafeinação da bebida, gerando repercussões significativas no país.
Atualmente, existem três métodos de descafeinação em uso. Um deles é o método químico, no qual os grãos de café são tratados com solventes como acetato de etila ou cloreto de metileno para separar a cafeína. Outra abordagem envolve o uso de água quente, onde os grãos são imersos para separar a cafeína, sendo então tratados com um filtro para removê-la. No entanto, este método não é totalmente eficaz na remoção da cafeína e acaba sendo dispendioso.
Um terceiro método, utilizado em cafés de alta qualidade, emprega pressões de 275 atmosferas e um ambiente rico em CO2 para dissolver a cafeína. O método químico, que faz uso do cloreto de metileno, é o mais comum entre os cafés disponíveis no mercado.
A preocupação com a segurança do consumo de café descafeinado nos EUA surge da Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA), que alerta para os potenciais riscos associados ao cloreto de metileno. Esta substância é amplamente utilizada em diversos processos industriais, sendo considerada um possível agente carcinogênico pela OSHA.
No início deste ano, a FDA, agência de vigilância sanitária dos EUA, solicitou a remoção de substâncias prejudiciais, incluindo o cloreto de metileno, de alimentos e bebidas. Se a proposta for aprovada e as concentrações de cloreto de metileno excederem os limites estabelecidos pela nova regulamentação, o mercado de café descafeinado nos EUA pode sofrer um impacto significativo.
Embora existam métodos alternativos de descafeinação que não envolvam o uso de cloreto de metileno, estes tendem a ser mais dispendiosos. Isso levanta preocupações sobre o possível aumento de preços do café descafeinado no futuro. É importante acompanhar de perto as regulamentações e pesquisas nesse campo para garantir a segurança e a qualidade dos produtos consumidos.
Fonte: @ Minha Vida