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Descrição compacta em português do Brasil: Urgentes obstétricas e neonatais priorizadas: diagnóstico, tratamento, contra-malária, triagem, nutricional, reciclagem, saúde, abordagem, ciclo da doença, sintomas, testes rápidos, coleta de lâminas, Yanomami específicos, educação em saúde, ambiental, notificação e registro.
Os cuidados com a saúde dos habitantes da Terra Indígena Yanomami são prioridade para os profissionais que lá atuam. Buscando aprimorar a saúde materno-infantil e combater doenças como a malária, eles participam de treinamentos intensivos que abordam desde a redução de urgências obstétricas e neonatais até aprimoramentos na triagem nutricional da comunidade.
Essa iniciativa de formação contínua demonstra o comprometimento dos profissionais de saúde em oferecer um atendimento de qualidade e promover o bem-estar da população local. Através do treinamento especializado, eles adquirem as habilidades necessárias para enfrentar os desafios únicos encontrados nesse contexto, garantindo uma assistência mais eficaz e humanizada.
Capacitação em Saúde para Profissionais na Terra Yanomami
Em comunicado, o Ministério da Saúde divulgou que a formação tem como objetivo principal aprimorar a assistência em situações de urgências e emergências relacionadas à saúde, com enfoque especial nas áreas obstétricas, neonatais e infantis dentro da atenção primária. Um total de 70 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem que desempenham suas funções no território yanomami, na maternidade da Casa de Saúde Indígena (Casai) e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), estão participando do treinamento.
A ênfase da formação está na prevenção da mortalidade materna causada por complicações como hemorragias pós-parto, infecções puerperais/sepse e eclâmpsia. O programa de capacitação abrangerá não apenas as emergências obstétricas, mas também os cuidados no momento do parto, técnicas de reanimação e o transporte de recém-nascidos, além da qualificação para lidar com as Doenças Prevalentes na Infância.
Em relação à malária, um segundo curso, também ministrado na Terra Indígena Yanomami, está focado na atualização e reciclagem dos profissionais de saúde para a prevenção, diagnóstico e tratamento da doença. Durante o treinamento, são revisadas práticas como a abordagem do ciclo da doença, reconhecimento dos sintomas, métodos de diagnóstico como exames clínicos e realização de testes rápidos, bem como a coleta de lâminas.
Parte fundamental da formação é o contato dos profissionais de saúde com as lideranças indígenas e os médicos tradicionais, visando a troca de conhecimentos sobre os cuidados necessários e o comportamento dos povos indígenas diante da doença. Questões como quebra e abandono de tratamento, administração de medicação e características específicas do povo yanomami são abordadas de forma aprofundada, juntamente com práticas de educação em saúde, incluindo o controle ambiental e os procedimentos de notificação e registro de casos.
Além disso, a triagem nutricional e a prevenção da desnutrição ocupam um lugar de destaque no programa de treinamento, com aulas específicas voltadas para os agentes de saúde. O objetivo é fortalecer as práticas de identificação dos fatores determinantes da desnutrição, enfatizando a importância de ações como a medição de temperatura e altura, o peso e a realização do teste de perímetro braquial.
De acordo com dados da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), a terra yanomami é a maior terra indígena do Brasil, abrangendo 10 milhões de hectares, mais de 380 comunidades e aproximadamente 30 mil indígenas. A capacitação dos profissionais de saúde que atuam nessa região é essencial para garantir a melhoria contínua dos serviços de saúde oferecidos à população local, promovendo assim o bem-estar e a qualidade de vida dessas comunidades.
Fonte: @ Agencia Brasil