Lívio Oricchio recorda criação de pilotosassociação, Ayrton totalmente concentrado, sensação geral de preocupação após ondas de tragedias em treinos, multidão, zebras, autódromo, concentração antes do japonês, boxes.
Senna, 30 anos. 1º de maio de 1994. O dia mais impactante na minha carreira de 36 anos de jornalismo. Ok, estamos no dia da corrida no circuito Enzo e Dino Ferrari. Se você acha que o pior já passou, está enganado. A onda de tragédias não chegou à praia, segue se deslocando e com desenvoltura, ainda. Prepare-se para as fortes emoções que vêm a seguir.
No mundo do automobilismo, Senna, 30 anos, foi um ícone e sua morte deixou uma lacuna enorme. Sua influência ultrapassou as pistas, inspirando gerações e marcando para sempre a história da Fórmula 1. Mesmo depois de tantos anos, a memória de Senna ainda ecoa nas mentes e nos corações dos fãs do esporte a motor, relembrando sua paixão pela velocidade e sua busca incansável pela perfeição. Senna, 30 anos, sempre será lembrado como um dos maiores pilotos que já existiu, seu legado continua vivo até os dias de hoje.
Senna, 30, Anos;: Memórias de um Autódromo e Suas Curvas
O domingo amanheceu com um sol brilhante, embora não estivesse calor. Desde 1992, estabeleci residência em Riolo Terme, uma pequena cidade encantadora. O percurso até o autódromo de Ímola é marcado por montanhas dos Apeninos, onde cultiva-se uvas para o vinho Sangiovese, típico da região. Há também plantações de ‘plune’, grandes cerejas vermelhas, e kiwis.
Partindo do Albergo Serena, onde me hospedava, a bucólica estradinha sinuosa levava à emocionante jornada até o autódromo. Após 11 quilômetros, avistava-se o muro da pista na curva Rivazza, contornando parte do perímetro para chegar à entrada. Navegar pela onda de fãs que se aglomeravam para acessar o circuito era desafiador naquela época, sem barreiras separando os carros dos pedestres.
Senna, 30, Anos;: Memórias Emocionantes e Desafiantes
A série de eventos que culminaram na tragédia de Ímola mexeram comigo de maneira profunda. Desde o acidente de Rubens Barrichello na sexta-feira até a fatalidade de Roland Ratzenberger no sábado, a atmosfera era carregada de emoção e tensão. A proibição de recursos eletrônicos, sem reduzir a potência dos carros, os tornou perigosos, como indicava Barnard.
Além disso, recordava-me da etapa anterior em Aida, no Japão. Lá eu estava, explorando o autódromo japonês, absorvendo cada detalhe do traçado, das zebras e dos boxes. Foi nesse contexto que encontrei Nick Wirth, diretor técnico da Simtek, e seu piloto Roland Ratzenberger. O convite para uma volta pela pista proporcionou insights valiosos e momentos memoráveis.
Senna, 30, Anos;: Reflexões sobre Automobilismo e Amizade Improvável
A receptividade calorosa de Wirth e Ratzenberger durante o passeio de carro pelo autódromo japonês destacou a essência da camaradagem no universo das corridas. A maneira como me envolveram na discussão sobre ajustes no carro da Simtek demonstrou o espírito colaborativo e a paixão compartilhada por todos os envolvidos no mundo automobilístico.
A experiência de trocar ideias e impressões com profissionais como Wirth e Ratzenberger ampliou minha compreensão do esporte e enriqueceu minha percepção das nuances de cada circuito. Esses encontros inesperados nos boxes lembram-me da rede de conexões e da riqueza de interações que moldam o ambiente das corridas de carros.
Fonte: © GE – Globo Esportes