Acordo: 24-meses carências juros e 30-meses principal, pedido, recuperação, extrajudicial, principais, credores, 54% de 5%, débitos, montante, renegociado, 6ª à 9ª séries devedores, CDI + 1,2%, 72-meses prazo, flexível, volatilidades, Black Friday, sem garantias debêntures, CCBs, plano três séries, carências juros/principal, CDI + 1,5%, pagamentos semestrais, maior parcela, opção credor, financiamento, varejista, operações risco, sacado, papéis ações, valor médio de 90 dias, pagamento até nov. 2030, juros CDI + 1%.
A varejista Casa Bahia solicitou uma recuperação extrajudicial para débitos que totalizam R$ 4,1 bilhões. Esse requerimento já foi acordado previamente com os credores principais, que possuem 54,5% das dívidas, o que significa que o processo deve abranger também os demais credores dispersos, incluindo indivíduos.
A empresa Casa Bahia está tomando medidas para lidar com a situação financeira desafiadora. A marca é conhecida por ser uma das maiores no ramo do varejo no Brasil, tendo uma longa trajetória no mercado. A Casas Bahia busca assim reorganizar suas finanças e garantir sua continuidade no setor.
Casas Bahia: renegociação de dívidas traz novo fôlego às finanças
O montante renegociado, que envolve a 6ª, 7ª, 8ª e 9ª séries de debêntures, tinha custo médio de CDI +2,7% e prazo de 22 meses. Agora, o custo está em CDI + 1,2%, em um prazo de 72 meses. A empresa calcula que o novo perfil da dívida resulte em uma preservação de R$ 4,3 bilhões de caixa até 2027, sendo R$ 1,5 bilhão somente em 2024.
Os principais bancos credores foram beneficiados com a possibilidade de converter 63% dos valores devidos em ações da Casas Bahia. O acordo também prevê uma carência de 24 meses para pagamentos de juros e 30 meses para pagamento de principal, reduzindo significativamente os desembolsos da empresa.
Antes da renegociação, a empresa teria que desembolsar até 2027, R$ 4,8 bilhões. Com as novas condições, esse valor diminuiu consideravelmente, passando para apenas R$ 500 milhões. O CEO da Casas Bahia, Renato Franklin, enfatiza a importância da flexibilidade financeira e do caixa adicional para lidar com possíveis volatilidades e aproveitar oportunidades de mercado, como a Black Friday.
A operação tem um perímetro restrito, incluindo apenas dívidas financeiras sem garantias, como debêntures e CCBs. O Bradesco e o Banco do Brasil detêm uma parcela significativa desse montante, representando 54,5% do total das emissões contempladas no plano de reestruturação.
O acordo estabelece a transformação das quatro séries de debêntures e das cédulas de crédito bancário em uma única debênture de três séries. A primeira série, que representa 37% dos débitos, terá uma taxa de CDI + 1,5% e pagamentos semestrais após carência. A maior parcela será quitada em novembro de 2029. Em seguida, os credores poderão escolher entre a segunda e a terceira série para receber o restante.
Os detentores dos títulos de dívida que optarem por se tornar credores parceiros terão a possibilidade de converter a dívida em ações da companhia em um prazo determinado ou aguardar o pagamento até novembro de 2030, com juros de CDI + 1%. Essa escolha poderia potencialmente resultar na assunção do controle da Casas Bahia pelos bancos credores.
No entanto, o CEO ressalta que não acredita que os bancos tenham a intenção de assumir o controle da varejista. A reestruturação extrajudicial representa um passo importante para a estabilização financeira da empresa, proporcionando um novo fôlego para suas operações e perspectivas futuras.
Fonte: @ Mercado e Consumo