Diana Mondino negou intenção ou conteúdo discriminatório em suas declarações sobre inspeções na base, espaços asiáticos, conforme acordados. Negou oposição, críticas ou declarações repugnantes sobre civilizações com 5mil anos, argumentando que se surpreende.
Uma recente declaração de autoridades argentinas sobre a base espacial chinesa na província de Neuquén gerou controvérsia. A Ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, afirmou que durante uma inspeção na instalação não foi possível determinar se havia presença militar, pois, nas palavras dela, ‘eles são chineses, são todos iguais’. Essa afirmação chamou a atenção pelo potencial impacto diplomático e levantou questionamentos sobre a postura do governo em relação à parceria com a China.
A declaração de Diana Mondino continua a repercutir, alimentando debates sobre a relação entre Argentina e China. A fala da Ministra de Relações Exteriores, tão diretamente relacionada à questão da presença militar na base chinesa em Neuquén, levanta preocupações sobre a transparência e vigilância internacional nas atividades espaciais. A repercussão do comentário destaca a importância da clareza e da diplomacia nas relações internacionais.
Mondino: declarações polêmicas e reações da oposição
Posteriormente, a Ministra de Relações Exteriores da Argentina, Mondino, negou que houvesse qualquer intenção discriminatória em suas palavras. Em uma entrevista ao jornal Clarín, Mondino fez essa declaração poucos dias depois de ter feito uma visita oficial ao país asiático, onde se encontrou com o chanceler Wang Yi. A Ministra Mondino afirmou que ambos concordaram em ‘fortalecer e expandir a cooperação’.
Inspeção na base espacial chinesa e críticas da oposição
Antes da viagem, Wang havia destacado a Argentina como um ‘parceiro estratégico’. Em Paris, onde estava para uma reunião da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Mondino foi questionada sobre a inspeção na base espacial, conforme acordado entre os países. A Ministra respondeu ao Clarín: ‘Ninguém detectou que havia militares lá… São chineses, são todos iguais’.
Logo em seguida, a oposição começou a criticar publicamente as declarações de Mondino, classificando-as como discriminatórias. O líder social Juan Grabois considerou suas falas repugnantes, destacando a seriedade da situação por ela ocupar o cargo de Ministra de Relações Exteriores. O ex-embaixador para a França, Eric Calcagno, mencionou que Mondino insultou a China e menosprezou uma civilização com 5 mil anos.
Mondino se defende e esclarece suas declarações
Em uma entrevista à Rádio Mitre, Mondino garantiu que não houve intenção discriminatória em suas declarações. Ela explicou: ‘Estamos falando da visita à estação espacial chinesa de Neuquén, destaquei o caráter civil do pessoal, que não havia uniforme. Os argentinos também eram todos iguais, nenhum deles estava uniformizado’. Mondino ressaltou que todos estavam na mesma qualidade de civis e que o argumento contrário a ela a surpreendeu.
O porta-voz presidencial, Manuel Adorni, afirmou que houve uma interpretação errada das palavras de Mondino, explicando que a discriminação não faz parte do caráter da Ministra. Apesar das críticas e controvérsias, Mondino, que possui experiência no setor privado em análise de mercado, segue se adaptando ao seu papel como Ministra no setor público. A passagem de Mondino pela China gerou debates e críticas, colocando em destaque a importância das relações exteriores e da comunicação diplomática.
Fonte: @ CNN Brasil