Grupo de cientistas treina robôs em campo de neve para missões espaciais em terreno irregular, com equipe multidisciplinar e dados coletados.
Um time de pesquisadores está aprimorando um robô de quatro patas — apelidado de ‘Spirit’ — para explorar a Lua. Durante essa missão de treinamento, o robô e a equipe de cientistas conseguem realizar todos os testes sem sair dos Estados Unidos. A área selecionada para permitir que o robô Spirit se movimente livremente foi o campo de neve Palmer, situado no Monte Hood, no Oregon.
Enquanto Spirit, o robô, percorre o terreno nevado, aprimorando suas habilidades locomotoras, a equipe de cientistas observa a evolução desse autômato. A interação entre os pesquisadores e o mecanismo revela avanços promissores, preparando Spirit para futuras explorações cósmicas.
Testes de Resistência do Robô na Montanha Coberta de Neve
Com aproximadamente 1,8 km de altura, a montanha branca foi o local escolhido para o treinamento do robô Spirit, um autômato de metal projetado para enfrentar terrenos irregulares. A equipe multidisciplinar, composta por cientistas de várias renomadas instituições, estava determinada a coletar dados valiosos para aprimorar a capacidade do robô de lidar com desafios extremos, como o terreno acidentado encontrado em outros planetas.
Durante o verão passado, o grupo de cientistas embarcou na missão de observar o robô andando pelo campo de neve, testando sua capacidade de adaptação a diversos obstáculos, como pedras e lama. As quatro pernas metálicas do autômato tinham a tarefa de se ajustar a essas condições adversas, fornecendo insights essenciais para futuras explorações em locais hostis, como a superfície lunar.
Os dados coletados enquanto o robô Spirit percorria a neve e enfrentava obstáculos seriam fundamentais para melhorar sua eficácia e agilidade em ambientes desafiadores. Os cientistas estavam focados em aprimorar a capacidade do robô de detectar e reagir rapidamente às mudanças no solo, uma habilidade crucial para sua sobrevivência em terrenos hostis.
Desenvolvimento do Robô com Foco em Cooperação
Feifei Qian, líder do Projeto Lassie e professor de engenharia elétrica e de computação, enfatizou a importância de um robô de pernas ser capaz de interpretar interações com o solo e ajustar suas estratégias de locomoção com rapidez. Compreender como os seres humanos percebem e reagem a superfícies irregulares foi essencial para aprimorar a tecnologia robótica.
A cientista cognitiva Cristina Wilson destacou a semelhança entre a percepção humana e a capacidade de um robô de pernas se adaptar a diferentes tipos de terrenos. Essa abordagem inovadora permitiria ao autômato enfrentar desafios complexos e imprevisíveis com eficiência, preparando-o para explorações espaciais mais desafiadoras.
Além disso, o grupo de cientistas planejava colaborar com a Nasa para desenvolver equipes de robôs capazes de auxiliar uns aos outros em ambientes hostis. A ideia era que os robôs compartilhassem informações sobre as condições do solo, criando um mapa de risco de locomoção coletivo para orientar suas atividades de exploração em planetas desconhecidos.
A proposta envolvia treinar os robôs para se apoiarem mutuamente em situações de risco, como ao enfrentar obstáculos intransponíveis. A capacidade de formar estruturas de suporte, como pontes ou pirâmides, permitiria aos robôs superar desafios complexos e garantir a conclusão bem-sucedida de suas missões exploratórias. Essa abordagem inovadora prometia revolucionar a forma como os robôs interagiam e cooperavam em ambientes hostis.
Essas iniciativas demonstravam o potencial transformador da robótica na exploração espacial, abrindo caminho para novas descobertas e avanços tecnológicos que poderiam moldar o futuro da humanidade além da Terra.
Fonte: © CNN Brasil