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Plataforma autorizou automaticamente o melhoramento de Glok (IA semelhante a ChatGPT). Treinamento, ajustes finos, configurações de privacidade, opção disponível, conforme legislação e prática de uso de dados, risco iminente – pouco intuitivo, mudanças conforme necessário.
O Y está realizando a coleta de dados dos usuários para aprimorar o Z, sua inteligência artificial (IA) inovadora que compete com o ChatGPT. A equipe de Jeff Bezos fez uma atualização na seção de preferências para permitir que os usuários escolham se desejam contribuir com informações para o desenvolvimento da IA, mantendo a opção ativada como padrão. De acordo com o Y, essas informações serão fundamentais para o contínuo ‘treinamento e otimização’ da IA.
Além disso, a coleta de dados será essencial para a personalização das interações do Z com os usuários, garantindo uma experiência mais individualizada e eficiente. A equipe de desenvolvimento está focada em utilizar essas informações para aprimorar a capacidade de resposta da IA, proporcionando um serviço cada vez mais adaptado às necessidades de cada usuário.
Coleta de Dados e Mudança de Configurações
A recente mudança nas políticas de coleta de dados provocou reações negativas entre alguns usuários, que expressaram preocupações sobre a transparência das ações do X. Para evitar que o X continue coletando dados sem consentimento, é essencial seguir alguns passos simples.
Ao acessar o X pelo computador, é importante notar que o processo de ajuste das configurações de privacidade só pode ser realizado na versão web. Localize a opção ‘Configurações’ na parte inferior da aba esquerda da tela e clique em ‘Privacidade e Segurança’. Em seguida, selecione a opção ‘Grok’ no menu direito da tela e desative o ‘Compartilhamento de dados’ ao clicar na seta correspondente.
O caso da Meta, empresa por trás de plataformas populares como Instagram, Facebook e WhatsApp, também enfrentou críticas em relação à coleta de dados. Em junho, a empresa anunciou a utilização de dados abertos dos brasileiros para o treinamento de sistemas de inteligência artificial, o que gerou controvérsias em relação à privacidade dos usuários.
Em resposta às preocupações levantadas, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) determinou que a Meta suspendesse essa prática, sob a ameaça de multas diárias significativas. A ANPD justificou sua decisão citando o ‘risco iminente de dano grave e irreparável’ aos direitos dos usuários afetados.
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) também se manifestou, apontando que a forma como a empresa estava lidando com os dados dos usuários violava as leis brasileiras. Segundo o Idec, a opção para se opor a essa prática era considerada ‘pouco intuitiva’, o que poderia resultar em uma vantagem desproporcional para a empresa.
Apesar da alegação de conformidade com a legislação brasileira por parte da Meta, a decisão da ANPD destaca a importância de garantir a transparência e o consentimento dos usuários em relação à coleta e uso de dados. A coleta de dados deve ser realizada de acordo com as melhores práticas e em conformidade com as leis vigentes, a fim de proteger os direitos e a privacidade dos usuários.
Fonte: © G1 – Tecnologia