A evolução da confiança do consumidor está vinculada à queda mensal consecutiva, influenciando a disposição e intenção de adquirir, em meio à desaceleração econômica.
Ao atingir 98 pontos, a confiança do consumidor revela uma leve queda de 1,0% em abril deste ano quando comparada a março, segundo dados do Índice Nacional de Confiança (INC). Este indicador, desenvolvido para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) em parceria com a PiniOn, reflete a percepção dos consumidores em relação à economia e ao cenário atual.
É fundamental compreender os sentimentos dos compradores e as expectativas dos clientes para identificar as razões por trás dessas variações no índice de confiança do consumidor. A análise dessas informações pode auxiliar empresas a ajustar estratégias e abordagens, visando fortalecer o relacionamento com o público e reforçar a confiança do consumidor em seus produtos e serviços.
Desafios Persistentes na Confiança do Consumidor
A recente queda no Índice de Confiança do Consumidor (INC) evidencia uma tendência preocupante, marcando a quinta queda mensal consecutiva e a quarta contração seguida em comparação com o ano anterior, desde o início da pandemia em janeiro de 2021. Esse cenário reflete a persistente desaceleração econômica, ressaltando a delicada situação que afeta os sentimentos dos compradores e as expectativas dos clientes.
A confiança do consumidor, fundamental para impulsionar a economia, permanece em níveis pessimistas, abaixo dos 100 pontos, sinalizando uma postura cautelosa por parte dos compradores. Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, aponta a diminuição da disposição para adquirir bens duráveis como um dos motivos para essa queda, enquanto a propensão a investir e a intenção de adquirir produtos de maior valor se mantiveram estáveis.
A pesquisa abrangeu 1.679 famílias em todo o país, residentes em diversas localidades, revelando uma queda significativa na confiança nas regiões Norte, Nordeste e Sudeste, enquanto o Sul registrou certa estabilidade. No Centro-Oeste, por outro lado, houve um aumento na confiança dos consumidores, indicando disparidades regionais na percepção econômica.
Analisando por classes socioeconômicas, observou-se um declínio nas classes AB e DE, com um leve acréscimo para a classe C, demonstrando que a confiança do consumidor não é uniforme entre os estratos sociais. Esse panorama complexo reflete as diferentes realidades enfrentadas pelas famílias, influenciadas por fatores como endividamento, taxas de juros e o custo de vida.
A sensação de insegurança financeira e as incertezas em relação ao futuro estão entre os principais motivos por trás da queda na confiança do consumidor, mesmo com um ligeiro aumento na percepção de estabilidade no emprego. O desafio de restaurar a confiança do consumidor em meio a um contexto econômico adverso continua a ser uma prioridade para estimular a atividade econômica e promover a recuperação.
Fonte: @ Mercado e Consumo