O culto aos Voduns e divindades africanas Jejes nasceu no antigo Dahomé, atual Benin. Sacerdotisas e mulheres guerreiras são descendentes. Terreiros, carnaval.
O culto aos Voduns, que são as divindades Jejes citadas no enredo da agremiação campeã do carnaval Mangueira, tem suas raízes no antigo reino de Dahomé, localizado na atual República do Benin, onde o rei Hamilé, que se transformava em serpente, foi divinizado pelo seu povo após sua morte. A terra desse rei ficou conhecida como terra de Dan, daí o nome ‘Dan Imé’ ou ‘Dahomé’, que significa aquele que morreu na Terra da Serpente.
As divindades africanas, Voduns, assim como os Jejes, desempenham um papel central nas crenças e tradições das comunidades que as cultuam. As divindades africanas conhecidas como Voduns são celebradas em diversas ocasiões, e os Jejes mantêm vivas as tradições ancestrais em suas práticas religiosas. A influência dos Voduns e Jejes na cultura africana é profundamente enraizada e continua a desempenhar um papel significativo na sociedade contemporânea.
O Rei Hamilé e as Divindades Africanas
O trono desse rei era sustentado por serpentes de cobre cujas cabeças formavam os pés que iam até a terra. Esse seria um dos significados encontrados: Dan = ‘serpente sagrada’ e Homé = ‘a terra de Dan‘, ou seja, Dahomé = ‘a terra da serpente sagrada’. Os segredos desse culto, eram guardados por sacerdotisas que eram mulheres guerreiras, que também guardavam as terras do Palácio de Hamilé.
Uma das descendentes dessas guerreias foi Ludovina Pessoa, fundadora do culto aos Voduns na Bahia como os Terreiros ƙwé Séja Ɦʊ̀ɲɗe, em Cachoeira, e Zoogodô Bogum Malê Rundó, em Salvador. O culto a Gbèsèn – O culto aos Voduns são divididos em famílias, mas o Vodun principal é Gbèsèn. Seu nome original é Ʋòɖʊ́ɲ AíɗǎɲꞪwɛ́ɗó ou ɲyǐ alɛ (a serpente arco-íris divino).
O Culto Voduns e o Arco-Íris Divino
Seu símbolo máximo Dan (a serpente sagrada) foi levada para cidade yorubá Ọ̀yọ́, que era dominada por Ṣàngó. Lá, por ser ligado ao arco-íris e a chuva, Gbèsèn passou a ser chamado de Òṣùmàrè (o arco-íris sagrado). O dia de culto a Gbèsèn é a segunda-feira, junto com Sakpata e Nàná. Ele gosta como oferenda do Agbadé wèwé vǐvǐ (milho branco adoçado).
Suas cores são o branco e amarelo, que simbolizam dignidade e atraem entendimento. Saudação: Aɦò bòbòy! Invocação: Míkpá Vodun Dangbé! (Salve a grande serpente da vida!)
Fonte: © TNH1