Loopy é um enxame robótico sem cérebro, com blocos individuais colaborando para se mover e superar obstáculos, imitando a vida natural.
O desenvolvimento tecnológico tem nos presenteado com inovações surpreendentes, e uma delas é o surgimento do robô-cobra. Esse tipo de robô, inspirado na agilidade e flexibilidade das serpentes, tem sido utilizado em diferentes áreas, desde a indústria até a exploração de terrenos de difícil acesso. Sua capacidade de se locomover por espaços apertados e sua habilidade em contornar obstáculos tornam o robô-cobra uma ferramenta valiosa em ambientes desafiadores.
O design do robô-cobra foi inspirado na anatomia das serpentes, e sua estrutura modular permite que ele se adapte a diferentes tipos de terreno. Além disso, a tecnologia empregada na construção do robô serpente possibilita a realização de tarefas complexas, como a inspeção de locais de difícil acesso ou o auxílio em missões de resgate em áreas de desastres naturais. A versatilidade do robô-cobra o torna uma ferramenta promissora para aplicações futuras em diversos setores da indústria e da ciência.
Robô-cobra: um avanço na área de robótica multicelular
Cientistas inovaram ao construírem um ‘robô-cobra’ feito de diversos blocos diferentes, imitando um organismo multicelular — sem ‘cérebro’ ou comando central, o apelidado Loopy precisa de um comportamento coletivo de suas células para interagir com o mundo, se mover por ele e, eventualmente, aprender a executar tarefas. O termo ‘robô-cobra’ se refere à forma primitiva de robô multicelular desenvolvida neste projeto revolucionário.
Robô Serpente: o comportamento coletivo como chave do processo
Loopy foi criado para funcionar de forma autônoma, com a capacidade de se auto-organizar e desenvolver comportamentos de forma espontânea. O matemático Alan Turing já se interessava pelo conceito de auto-organização em 1952, imaginando um círculo de células. A máquina, chamada de ‘robô serpente’ em algumas situações, é capaz de se mover, desprender de lugares e superar obstáculos, ficando mais inteligente a partir da experiência adquirida. O comportamento coletivo em bando é a chave para o seu funcionamento, permitindo que o robô-cobra desenvolva novas habilidades de forma independente, sem a intervenção humana.
Loopy e o desenvolvimento do enxame robótico multicelular
Robôs replicantes são capazes de montar outros robôs ainda maiores a partir do comportamento coletivo do enxame de um só, funcionando em conjunto para executar tarefas complexas. A máquina multicelular, conhecida como ‘enxame robótico’, está sendo desenvolvida com o intuito de ajudar em esforços como a limpeza ambiental, movendo-se de forma cooperativa para vencer obstáculos e se adaptar ao ambiente de maneira inteligente. Os cientistas acreditam que, no futuro, o robô-cobra poderá adquirir características mais semelhantes às naturais, como a busca por condições melhores, aquisição de recursos, mitigação de ameaças e navegação por situações imprevistas. O hardware do Loopy, baseado em servo motores rotativos, permite que a máquina se movimente e se adapte a diferentes ambientes, gerando formas e movimentos diversos.
Uma abordagem inovadora: aprendizagem e auto-organização
O projeto Loopy representa uma mudança de paradigma no campo da robótica, com uma abordagem de baixo para cima, permitindo a montagem de sua inteligência coletiva a partir das experiências passadas e da necessidade de se adaptar ao ambiente. Ao contrário da maioria dos robôs, que são projetados ‘de cima para baixo’, com humanos prevendo os problemas a serem encontrados e pensando na forma de evitá-los, o Loopy se adapta de forma espontânea, sem a intervenção humana. A máquina não recebe dados de outras células exceto as que estão imediatamente ao seu lado, determinando o formato da máquina e sua movimentação, criando ‘ordem a partir do caos’ de forma autônoma.
Fonte: © CanalTec