CNJ pauta ações disciplinares de Hardt, Moro e desembargadores por gestão caótica e afastamentos monocráticos.
O órgão responsável por avaliar a conduta de magistrados, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), está analisando hoje ações disciplinares relacionadas à juíza Gabriela Hardt, a três desembargadores afastados do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) e ao ex-juiz e senador Sergio Moro (União).
O trabalho do Conselho Nacional de Justiça é fundamental para garantir a transparência e a ética no sistema judicial, contribuindo assim para a manutenção da confiança da população no poder judiciário. As deliberações do CNJ impactam diretamente a conduta dos juízes e desembargadores, promovendo a correção de eventuais desvios e irregularidades.
Investigação sobre o CNJ após afastamentos por irregularidades
A análise dos afastamentos de Gabriela Hardt e de outros magistrados por irregularidades nas atuações relacionadas à Operação Lava Jato entrou na pauta do Conselho Nacional de Justiça um dia depois do corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, tomar a decisão. A situação levantou questões sobre a gestão caótica dos recursos provenientes de acordos de delação premiada e leniência realizada por Sergio Moro e Gabriela Hardt.
O presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, incluiu o julgamento da correição aberta contra Moro, Hardt e os desembargadores que atuaram nos processos da Lava Jato na pauta da sessão. No entanto, as ações estão previstas como os itens 12, 13 e 14, o que pode causar demora ou até adiamento na análise, caso não haja inversão na ordem de julgamento.
O relatório parcial do corregedor nacional de Justiça, de 2023, destaca a existência de indícios de infrações disciplinares cometidas por magistrados envolvidos nos processos da Lava Jato. O documento aponta uma série de problemas, incluindo a falta de cautela, transparência, imparcialidade e prudência por parte dos juízes.
Em decisão monocrática, Luis Felipe Salomão afastou Gabriela Hardt e três desembargadores, alegando que houve desobediência a decisões judiciais e uma utilização da jurisdição para benefícios privados, em vez de cumprir adequadamente o papel judicante. Os desembargadores afastados mantêm seus vencimentos, mesmo com as acusações de desobediência à decisão do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal.
Fonte: @ Metropoles