Produtos do portfólio terão valor unitário de 0,1 bitcoin, equivalente a 10% do valor de mercado da criptomoeda em reais.
Em busca de oferecer novas oportunidades aos investidores brasileiros, a B3 anunciou recentemente a possibilidade de lançar um contrato futuro de bitcoin no mercado nacional, o BIT. Essa novidade representa um avanço significativo para o setor de criptomoedas no Brasil, abrindo portas para uma maior diversificação de investimentos.
O bitcoin tem se destacado como a criptomoeda mais conhecida e utilizada no mercado global, apresentando um potencial de valorização e volatilidade únicos. A inclusão do BIT no portfólio da B3 demonstra o reconhecimento da importância desse ativo digital no cenário econômico atual, ampliando as opções de investimento disponíveis para os brasileiros.
Bitcoin: Novas Oportunidades no Mercado de Criptoativos
A empresa obteve a chancela da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e planeja lançar o novo produto em 17 de abril, após a aprovação do regulamento pela B3 com diretrizes relacionadas ao contrato. De acordo com a B3, o derivativo será baseado no índice Nasdaq Bitcoin Reference Price (NQBTC) como ponto de referência.
O valor de cada contrato será equivalente a 0,1 bitcoin, representando 10% do valor da criptomoeda em reais, que atualmente gira em torno de R$ 350 mil. Os contratos terão vencimento mensal e a liquidação será puramente financeira, sem envolver a negociação direta de criptomoedas.
Os lucros e prejuízos das transações serão calcuados com base nas oscilações de preço do bitcoin. O superintendente de Produtos de Juros e Moedas da B3, Felipe Gonçalves, destaca que a demanda por um produto derivativo desse tipo atende à necessidade de proteger-se das variações de preços da criptomoeda ou de se expor diretamente ao ativo, tudo isso operando com segurança na bolsa brasileira.
Avanços na Oferta de Produtos de Investimento em Criptoativos na B3
A B3 revela que, na fase inicial, o produto terá formadores de mercado, cujo objetivo é negociar o produto e fornecer liquidez e estabilidade para a precificação. Diferentemente de muitos países, a B3 priorizou a disponibilização de produtos de investimento com exposição direta ao bitcoin, como os ETFs.
O Brasil foi o terceiro país a aprovar essa forma de investimento, seguindo os Estados Unidos, que já tinham uma variedade de produtos de investimento em bitcoin no mercado de futuros. Em janeiro deste ano, o mercado americano iniciou a negociação de ETFs de bitcoin à vista. Na B3, já estão disponíveis 13 ETFs com exposição a criptoativos, incluindo quatro de bitcoin.
O primeiro ETF de bitcoin foi o QBTC11, da QR Asset, lançado em junho de 2021. O índice de referência do contrato futuro da B3, o Nasdaq Bitcoin Reference Price, é o mesmo utilizado pelo BITH11, o ETF da Hashdex.
Fonte: @ Valor Invest Globo