COPOM do Banco Central reduziu Taxa Selic em 0,25%, passando a 10,5% a.a. Comitê considerou indicadores inflacionários, mercado imobiliário, ambiente externo e incerteza. Flexibilização de política monetária nos EUA afetou convergência de taxas. Ambas as direções apresentam riscos. Desenvolvimentos recentes da política fiscal também foram considerados.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central – COPOM – anunciou hoje, em sua reunião mensal, uma decisão cautelosa em relação à taxa Selic, optando por uma diminuição moderada de 0,25 ponto percentual. Dessa forma, a taxa Selic agora está estabelecida em 10,50% ao ano.
Essa medida reflete a preocupação do COPOM em equilibrar a economia e manter a estabilidade financeira, levando em consideração a influência da taxa de juros base nos diversos setores. A decisão também pode impactar diretamente na taxa bancária para consumidores e empresas, influenciando o cenário econômico de forma significativa.
Placar da votação e decisão do Copom sobre a taxa Selic
O placar da votação foi apertado, sendo que 5 membros votaram pela redução mais modesta enquanto 4 outros membros optaram pela redução no mesmo ritmo das quedas anteriores. Para receber todos os meses direto no seu e-mail os principais indicadores que influenciam o mercado imobiliário (dentre eles a taxa Selic), basta acessar gratuitamente o Boletim Foco VGV.Veja mais detalhes abaixo no comunicado enviado pelo Banco Central à imprensa: O ambiente externo mostra-se mais adverso, em função da incerteza elevada e persistente referente ao início da flexibilização de política monetária nos Estados Unidos e à velocidade com que se observará a queda da inflação de forma sustentada em diversos países.
Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas em um ambiente marcado por pressões nos mercados de trabalho. O Comitê de Política Monetária do Banco Central avalia que o cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes.
Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho tem apresentado maior dinamismo do que o esperado. A inflação cheia ao consumidor manteve trajetória de desinflação, enquanto medidas de inflação subjacente se situaram acima da meta para a inflação nas divulgações mais recentes.
As expectativas de inflação para 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus encontram-se em torno de 3,7% e 3,6%, respectivamente. As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência* situam-se em 3,8% em 2024 e 3,3% em 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 4,8% em 2024 e 4,0% em 2025.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado.
Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada; e (ii) os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado. O Comitê de Política Monetária do Banco Central avalia que as conjunturas doméstica e internacional devem se manter mais incertas, exigindo maior cautela na condução da política monetária.
O Comitê de Política Monetária do Banco Central acompanhou com atenção os desenvolvimentos recentes da política fiscal e seus impactos sobre a política monetária. O Comitê reafirma que uma política fiscal crível e comprometida com a sustentabilidade da dívida contribui para a ancoragem das expectativas de inflação e para a redução dos prêmios de risco dos ativos financeiros, consequentemente impactando a política monetária.
Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em.
Fonte: @ Portal VGV