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O presidente do Banco Central do Brasil comentou sobre a redução de taxas de juros do BCE Europeu, pela primeira vez desde 2019, em quinta-feira (6). Mencionou incertezas, elevadas, tempo, para frente, pressões de inflação, de serviços, desinflação, manufaturados, desenvolvido, emergente, efeitos, contaminação e pauta, fiscal.
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, mencionou em uma conferência em São Paulo que o processo de corte de juros nas principais economias globais está começando em um cenário de incertezas persistentes. Ele ressaltou a importância de monitorar de perto as tendências econômicas para tomar decisões informadas. ‘O corte de juros do Banco Central Europeu marca o início de um período desafiador’, afirmou Campos Neto.
Em um contexto de volatilidade financeira, é fundamental considerar a possibilidade de descontos em juros e redução de taxas para estimular o crescimento econômico. A flexibilidade nas políticas monetárias pode ser uma estratégia eficaz para enfrentar os desafios atuais. As medidas de corte de juros podem ter impactos significativos na estabilidade financeira e no cenário de investimentos, contribuindo para a recuperação econômica a longo prazo.
Corte de juros e desafios econômicos globais
‘Temos observado surpresas positivas no cenário do emprego em escala mundial, o que tem gerado pressões de inflação nos serviços. Por outro lado, há uma expectativa de que a redução da inflação nos manufaturados se transforme em uma desinflação mais estruturada no futuro próximo. As incertezas em relação à atividade econômica global diminuíram em termos de otimismo, mas ainda há uma clara distinção entre o setor manufatureiro e de serviços’, declarou.
‘A precificação nos Estados Unidos começa a sinalizar para dois cortes [este ano], porém há preocupações sobre a origem da desinflação no horizonte futuro.’ O banqueiro central ressalta que a expectativa de cortes nos EUA tem influenciado significativamente a aversão ao risco nos mercados emergentes recentemente, e que as condições financeiras nos EUA permanecem relativamente flexíveis apesar das taxas de juros mais elevadas.
Os juros são vistos como um mecanismo de controle, mas outros mercados, como crédito e a bolsa de valores, atuam como contrapeso a isso. Em relação ao crescimento da dívida pública, destaca-se que dois terços estão concentrados no Japão, EUA e Europa, e que o custo de refinanciamento aumentou consideravelmente. ‘Os impactos da elevação dos juros americanos serão sentidos de forma mais rápida nos mercados emergentes em comparação aos desenvolvidos. Há uma preocupação sobre como a contaminação desse aumento prolongado dos juros nos EUA afetará os mercados emergentes’, afirma.
‘A agenda fiscal está ganhando mais destaque na comunidade internacional, o que tem implicações tanto para os mercados emergentes quanto para o Brasil, uma vez que a situação fiscal brasileira também está sob os holofotes.’
Fonte: @ Valor Invest Globo