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Autónoma jogava online para passar tempo, rapidamente aposta altas quantias em jogos esportivos do foguete. Advogada perdeu R$ 100 mil em um jogo indicado, peseantemente influenciada. Vício, ludopatia, lei 14.790/2023, aposta, afirmações infundadas, jogos online, betas.
‘Acordava de madrugada para jogar. Ganhava, mas rapidamente a ganância me dominava e eu não parava até perder tudo’.
Muitas pessoas são atraídas pelos jogos de azar por sua promessa de emoção e possibilidade de ganhos rápidos. No entanto, é importante lembrar que os jogos de azar podem facilmente se transformar em um ciclo vicioso de perdas e ganhos, levando à dependência em jogos.
Alguns indivíduos acreditam que os jogos de azar são puramente jogos de sorte, onde a fortuna decide o resultado. No entanto, a realidade é que esses jogos de chance também envolvem estratégia e controle emocional. É essencial reconhecer os limites e buscar ajuda quando a diversão se transforma em um problema de dependência em jogos.
Jogos de azar: um caminho perigoso
Em uma comunidade online, quase 500 pessoas se reúnem para compartilhar suas experiências e buscar apoio para lidar com o vício em jogos de azar. Entre essas histórias, destacam-se relatos de duas mulheres que perderam quantias significativas em jogos de chance online. Elas revelaram ao g1 como o envolvimento com os jogos de azar afetou suas vidas de maneira devastadora.
Ambas compartilham a mesma motivação: alertar outras pessoas sobre os perigos da dependência em jogos de azar, sejam eles jogos de sorte como caça-níqueis online ou apostas esportivas. A legislação brasileira, representada pela lei 14.790/2023, regula a prática desses jogos online, estabelecendo restrições como a proibição de participação de menores de 18 anos e de indivíduos diagnosticados com ludopatia.
Essa lei permite a oferta exclusiva de jogos de azar online, impedindo a instalação de máquinas físicas para esse fim. Além disso, proíbe a divulgação de informações enganosas sobre as chances de ganhar, visando proteger os jogadores de possíveis fraudes. No entanto, a realidade vivida por muitos jogadores expõe a vulnerabilidade diante do vício em jogos de azar.
Entre os relatos apresentados, destaca-se o caso de Patrícia, uma cozinheira de 43 anos que perdeu R$ 80 mil em apenas dois meses. Para ela, o envolvimento com os jogos de azar foi tão avassalador que a fez comparar a experiência ao uso de drogas. A história de Patrícia evidencia como o vício pode se instalar rapidamente, levando à perda de economias e ao descontrole financeiro.
A cozinheira, que inicialmente se envolveu com os jogos online por curiosidade, viu sua vida se transformar em um ciclo de apostas desenfreadas e ganância. Mesmo tendo uma vida estável, com um negócio próprio e reservas financeiras, ela se viu mergulhando em um abismo financeiro sem perceber. O jogo do foguete, conhecido como crash, foi o ponto de partida para sua queda.
Despertando no meio da noite para jogar, Patrícia se via envolvida em uma espiral de perdas e desespero. A ganância a dominava, levando-a a perder tudo o que havia conquistado. O dinheiro desaparecia de sua conta sem que ela percebesse, culminando em situações como a falta de recursos para contribuir com a festa de aniversário de seu neto.
A trajetória de Patrícia reflete a realidade de muitos jogadores que se veem presos no ciclo vicioso dos jogos de azar. Seu relato serve como alerta sobre os perigos dessas práticas e a importância de buscar ajuda para superar o vício. Em meio a histórias como a de Patrícia, surge a necessidade de conscientização e apoio para aqueles que lutam contra a ludopatia e suas consequências devastadoras.
Fonte: © G1 – Tecnologia