Visitar praia naturista na primavera: convencional, remover roupas na recepção, trecho específico, idosos casal, faixa curta, de areia, fronteira ideológica. Primeira experiência? Ninguém vai retirar roupas sem sua persuasão.
Explorar a liberdade e a conexão com a natureza em uma praia naturista é uma experiência única e transformadora. Longe dos padrões e das preocupações com roupas, é possível se sentir verdadeiramente livre e em harmonia com o ambiente ao redor. Foi assim que me senti ao visitar uma bela praia naturista no litoral brasileiro, onde a nudez era celebrada como uma forma de autenticidade e aceitação.
Na areia dourada e nas águas cristalinas da praia sem roupas, pude perceber a beleza da diversidade humana e a naturalidade de estar em contato direto com o sol e o mar. O respeito mútuo e a sensação de comunidade entre os frequentadores da praia desnuda criavam um ambiente acolhedor e sem julgamentos, onde cada indivíduo podia se expressar livremente. A sensação de liberdade ao mergulhar nas águas límpidas e sentir a brisa suave da costa era verdadeiramente revigorante.
Explorando a Praia Naturista de Tambaba
Mais do que isso, fui embebedado, antes de ser convencido a tirar a roupa em Tambaba, em um processo convincente que se deu num restaurante de praia, onde a proprietária tentou me tranquilizar com uma ébria sequência de caipirinhas. Não que praticantes de naturismo precisem recorrer a bebidas alcoólicas para se entregar às delícias de se integrar à natureza, mas pode ser uma boa ideia para jornalistas urbanos acostumados a trabalhar metidos em calças e camisas. Primeiro, a de limão, logo a de uva, outra de cajá e uma quarta que eu já nem sabia do que era. Por mim, eu retiraria a roupa ali mesmo.
A Chegada na Praia Desnuda de Tambaba
Numa praia naturista, as regras são claras: homens desacompanhados não entram e quem cruza o portão de acesso deve, obrigatoriamente, estar sem roupas. Minha anfitriã e eu paramos na recepção que separa o trecho frequentado por quem nunca vai retirar as roupas e os outros 500 metros exclusivos para o naturismo.
Desafiando as Normas na Praia Sem Roupas
‘Posso entrar com câmera? Sou jornalista e blá blá blá’, enrolei com um discurso confuso que tentava esconder minha nudez vestida. Do outro lado do balcão, a moça correu os olhos até a minha câmera jogada sobre o balcão, antes de disparar: ‘Poder, você pode. Só não sei se vai conseguir esconder essa câmera aí’, respondeu, apontando o queixo para a teleobjetiva. Arrisquei. Cruzamos a trilha de mata fechada, uma espécie de fronteira ideológica que separa os vestidos dos nus, e saímos no paraíso dos naturistas, uma faixa de areia curta, recortada por pedras e coqueiros altos.
Vivenciando a Experiência na Praia Naturista de Tambaba
Entrei na praia com minha anfitriã paraibana. Eu, nu. Ela com roupa. Demos meia dúzia de passos e um casal de idosos nos abordou. ‘Por que você está com roupa?’, perguntaram para ela. Deu até para ouvir a engolida seca da minha acompanhante vestida, antes de disparar alguns argumentos que não convenceram os naturistas. A anfitriã teve que se retirar, em plenas terras paraibanas, onde nascera, nua. Tambaba se exibe em sua forma mais natural, sem qualquer moralismo ou preocupação com curvas corporais. Tem jovens, adultos, crianças, casais de idosos, magros e outros nem tanto. Só não pode ir vestido.
Registro Fotográfico na Praia Naturista
Eu fiquei ali, sozinho, pelado e com uma câmera na mão. Eu não podia deixar a pauta morrer na praia e entrei devagarzinho, depois que deixei a câmera com a assessora que me espiava na passarela de madeira de acesso à praia. Corri até o mar e dei aquele que seria um dos meus mergulhos mais espontâneos (e livres) da vida. ‘O bichinho correu todo solto que nem um passarinho feliz’, soltou a proprietária do restaurante que também me fitava ao longe, na área dos vestidos. Sem piadinhas, caro leitor-duplo-sentido. Peguei a câmera de volta e fui para a areia. Dois ou três.
Fonte: @ Terra