“2.345 óbitos de menores de 1 ano ou >80 anos suspeitos de arboviroses, em exame no Painel de Monitoramento em Quatro primeiros meses em Unidades da Federação.”
O novo boletim epidemiológico do Ministério da Saúde revelou um alarmante aumento nos casos de dengue no Brasil, ultrapassando a marca de 4 milhões de registros nesta temporada. Os números demonstram uma situação preocupante, com um total de 4.127.571 casos prováveis da doença notificados somente nos primeiros quatro meses do ano, evidenciando a necessidade de ações urgentes e efetivas para conter a propagação do vírus.
Além disso, as estatísticas demonstram um cenário crítico em relação às arboviroses no país, com um aumento significativo no número de casos. A doença notificada tem impactado severamente a população, resultando em um elevado número de mortes confirmadas e outras sob investigação, evidenciando a gravidade da situação e a importância de medidas preventivas e de combate às arbovírus que transmitem a dengue.
Painel de Monitoramento das Arboviroses: Quatro primeiros meses do ano
Durante os quatro primeiros meses do ano, o coeficiente de incidência da dengue no país alcançou a marca de 2.032,7 casos para cada 100 mil habitantes. Uma análise mais aprofundada revela que a faixa etária mais impactada está entre 20 e 29 anos, concentrando a maioria dos casos notificados. Por outro lado, a faixa etária menos afetada é a de crianças com menos de 1 ano, seguida por pessoas com 80 anos ou mais, e crianças de 1 a 4 anos.
Unidades da Federação e Faixa etária atingida
As unidades da Federação que se destacam com maior incidência de dengue são o Distrito Federal, Minas Gerais, Paraná, Espírito Santo, Goiás e Santa Catarina. Esses estados têm enfrentado desafios significativos no controle da propagação da doença. É importante ressaltar que a faixa etária mais vulnerável, a das crianças menores de 1 ano, merece atenção especial, juntamente com os idosos com mais de 80 anos e as crianças de 1 a 4 anos.
Combate às Arboviroses e a Biofábrica Wolbachia
Recentemente, o Ministério da Saúde e o governo de Minas Gerais inauguraram a Biofábrica Wolbachia, em Belo Horizonte. Administrada pela renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), essa unidade representa um avanço significativo no enfrentamento não apenas da dengue, mas também de outras arboviroses. A Wolbachia, uma bactéria presente em 60% dos insetos na natureza, é uma aliada fundamental nesse cenário.
O método Wolbachia, adotado pela biofábrica, consiste em inserir a bactéria em ovos do mosquito Aedes aegypti em ambiente controlado. Com a presença da Wolbachia, os mosquitos não conseguem transmitir os vírus responsáveis pela dengue, zika, chikungunya e febre amarela. Essa abordagem inovadora é uma esperança na luta contra as arboviroses, trazendo perspectivas promissoras para o controle dessas doenças em todo o país.
Fonte: @ Agencia Brasil